
Protestos no Peru contra o novo governo interino



A agitação social no Peru intensificou-se após o parlamento ter destituído a presidente Dina Boluarte por "incapacidade moral permanente" a 10 de outubro, com 122 votos a favor.
O então presidente do parlamento, José Jerí, de 38 anos, assumiu a presidência interina, uma sucessão que desencadeou protestos em massa liderados por jovens em cidades como Lima, Huancayo e Arequipa.
Os manifestantes, que consideram o novo governo uma continuação do executivo de Boluarte, protestam contra a corrupção, o aumento da insegurança e o crime organizado. Com cartazes e bandeiras, exigem a dissolução do Congresso e rejeitam o novo presidente, recordando denúncias de alegados abusos sexuais contra Jerí.
As críticas estendem-se aos partidos parlamentares que apoiaram Boluarte, apesar das acusações que esta enfrentava relativas a mortes em protestos de 2022 e 2023.
Os protestos resultaram em confrontos violentos entre manifestantes e a polícia.
Em Lima, as autoridades usaram gás lacrimogéneo para dispersar a multidão junto ao Congresso, depois de tentativas de derrubar vedações de segurança e do atear de um fogo. Os confrontos levaram à morte de pelo menos um manifestante, atingido por um disparo de arma de fogo na capital. O balanço oficial aponta ainda para mais de 100 feridos, incluindo 78 polícias e 24 civis, e pelo menos 10 detenções em todo o país.
Em Arequipa, também se registaram confrontos durante o 10.º Congresso Internacional da Língua Espanhola.
O novo ministro do Interior, Vicente Tiburcio, lamentou a morte e ordenou uma investigação, afirmando que a polícia destacada para o protesto não se encontrava na zona onde ocorreu o incidente fatal.
A composição do governo de transição, que inclui figuras consideradas controversas, aumentou o descontentamento popular.
A crise institucional no Peru já suscitou a preocupação da Organização dos Estados Americanos, que apelou ao respeito pelo Estado de Direito.
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