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Transporte de Passageiros em Portugal: Crescimento no 2.º Trimestre e Novas Taxas Aeroportuárias

O número de passageiros aumentou em todos os modos de transporte no segundo trimestre de 2025, com particular destaque para os setores ferroviário e aéreo, num período em que a ANA Aeroportos avança com uma proposta para atualizar as taxas em 2026.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de passageiros registou um crescimento homólogo no segundo trimestre de 2025 em todos os meios de transporte. O transporte ferroviário assinalou o aumento mais significativo, com 59,2 milhões de passageiros, um crescimento de 7,5% face ao mesmo período de 2024. O setor aéreo também acelerou, movimentando 20,5 milhões de passageiros nos aeroportos nacionais, o que representa uma subida de 6,6%. O transporte por metropolitano cresceu 0,8%, para 73,9 milhões de utilizadores, e o transporte fluvial aumentou 0,3%, para 6,2 milhões de passageiros. No transporte aéreo, o aeroporto de Lisboa concentrou 46,8% do movimento total, com 9,6 milhões de passageiros (+4,4%), seguido pelo Porto, com 4,7 milhões (+7,6%), e Faro. O tráfego internacional foi responsável por 82,3% do total de passageiros aéreos.

Em paralelo com este crescimento, a ANA Aeroportos apresentou uma proposta de atualização das taxas para 2026, que ainda aguarda validação da Autoridade Nacional de Aviação Civil. A proposta prevê um aumento de 34 cêntimos por passageiro nos aeroportos do Porto e de Faro, e de 5 cêntimos em Lisboa.

No setor ferroviário, o tráfego interurbano foi o grande impulsionador do crescimento, com uma subida de 97,9%, atribuída ao Passe Ferroviário Verde.

Em contrapartida, o tráfego suburbano registou um decréscimo de 1,4% e o internacional manteve-se em quebra (-6,6%). Relativamente ao metropolitano, o Metro do Porto transportou 24,4 milhões de passageiros (+7,1%), enquanto o de Lisboa movimentou 44,3 milhões, uma quebra de 2,1%. Em contraste com o aumento no transporte de passageiros, o transporte de mercadorias apresentou resultados mistos.

Registaram-se diminuições nas vias rodoviária (-6,9%) e marítima (-6,8%), mas aumentos significativos nas vias ferroviária (+12,6%) e aérea (+4,6%).