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Perto de dois terços dos franceses favoráveis à demissão de Emmanuel Macron

A popularidade do Presidente francês, Emmanuel Macron, atinge mínimos históricos, com sondagens a revelar que quase dois terços dos cidadãos desejam a sua demissão e a convocação de eleições antecipadas no meio de uma grave crise política.
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Diversas sondagens recentes indicam uma acentuada queda na popularidade do Presidente francês, Emmanuel Macron, e um desejo maioritário por mudanças políticas profundas.

De acordo com um inquérito da Odoxa-Backbone para o jornal Le Figaro, 64% dos franceses defendem a demissão de Macron e a realização de eleições presidenciais antecipadas, preferindo esta solução à nomeação de um quinto primeiro-ministro em menos de dois anos. Adicionalmente, 56% dos inquiridos na mesma sondagem pedem a dissolução do governo e a convocação de eleições legislativas para resolver a crise que o país atravessa.

A confiança no chefe de Estado está em mínimos históricos.

Uma sondagem da Verian para a revista Le Figaro revela que apenas 15% dos franceses confiam em Macron, uma queda sem precedentes de seis pontos percentuais em relação a julho. Mesmo entre os seus eleitores da primeira volta de 2022, o apoio desceu para 45%, uma quebra de 14 pontos num mês e o nível mais baixo registado desde a sua primeira eleição em 2017, segundo um inquérito da Elabe para o jornal Les Échos.

Esta crise de confiança ocorre num momento politicamente delicado.

O governo do primeiro-ministro François Bayrou enfrenta na segunda-feira uma moção de confiança na Assembleia Nacional, que se prevê que perca, dado que a oposição já anunciou o seu voto contra. O voto está centrado numa proposta de orçamento que visa reduzir a dívida pública em quase 44 mil milhões de euros, através de medidas como a eliminação de dois feriados e o congelamento de prestações públicas. A popularidade de Bayrou também está em queda, com apenas 14% de aprovação, o valor mais baixo de sempre para um primeiro-ministro neste barómetro. A turbulência política já está a pressionar as contas públicas, os mercados e a avaliação de risco da França pela agência Fitch.

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