Município de Caminha apoia famílias de sete pescadores desaparecidos em dois naufrágios



A comunidade piscatória do concelho de Caminha está de luto após dois naufrágios ocorridos num intervalo de 48 horas, resultando no desaparecimento de um total de sete pescadores.
O primeiro incidente ocorreu no domingo, em Moledo, quando uma embarcação com cinco tripulantes naufragou, tendo sido resgatados dois pescadores.
O segundo deu-se na terça-feira, a cerca de 370 quilómetros ao largo de Aveiro, envolvendo a embarcação “Carlos Cunha”. A presidente da Câmara de Caminha, Liliana Silva, confirmou que o município está a prestar apoio psicológico às famílias dos desaparecidos de ambos os naufrágios.
Além disso, a autarquia está a fornecer alimentação aos operacionais que participam nas buscas pelos três pescadores indonésios desaparecidos desde domingo.
O Governo português, através da embaixada na Indonésia, também está a realizar diligências para prestar solidariedade às famílias das vítimas.
As operações de busca continuam ativas para ambos os casos. Para os três pescadores indonésios, as buscas decorrem junto à costa com elementos do comando local e bombeiros.
No caso do naufrágio de terça-feira, as buscas pelos quatro tripulantes foram reforçadas com meios da Marinha, incluindo o navio patrulha NRP Figueira da Foz, e uma aeronave P3 da Força Aérea, cobrindo uma área superior a 450 milhas quadradas.
A embarcação “Carlos Cunha” estava registada em Vila Praia de Âncora, mas tinha o seu porto de abrigo em Vigo, Espanha, por o porto local não ter condições para barcos de grandes dimensões. O presidente da Associação de Pescadores local, Carlos Sampaio, esclareceu que o armador não se encontrava a bordo.
A comunidade de Vila Praia de Âncora manifestou publicamente a sua “profunda tristeza e preocupação”, unindo-se em solidariedade com as famílias.












