Sanções Ocidentais à Energia Russa Abalam Mercados Globais e Ameaçam Recuperação Económica



Os Estados Unidos impuseram, na quarta-feira, 22 de outubro de 2025, sanções a duas das maiores empresas petrolíferas da Rússia, a Rosneft e a Lukoil, como resposta à "falta de compromisso sério da Rússia com um processo de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia". Em paralelo, os Estados-membros da União Europeia aprovaram o 19.º pacote de sanções contra Moscovo, que inclui o fim das importações de gás natural russo. Estas medidas representam as primeiras sanções dos EUA contra a Rússia desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca.
A reação dos mercados foi imediata e expressiva.
Na quinta-feira, os preços do petróleo dispararam cerca de 5%.
O barril de Brent, referência para a Europa, atingiu valores como 65,75 dólares, enquanto o WTI, referência norte-americana, alcançou os 61,53 dólares.
Esta subida abrupta gerou nervosismo entre os investidores, refletido na subida dos juros da dívida pública, e criou um desafio para a estabilidade económica global.
A decisão teve um alcance mundial, forçando os grandes consumidores de crude russo a reajustar as suas estratégias.
Na Ásia, grandes companhias petrolíferas chinesas e refinarias indianas, para evitar serem excluídas do sistema financeiro ocidental, suspenderam as compras à Rosneft e Lukoil e procuram agora fornecedores alternativos, principalmente no Médio Oriente e em África. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) já sinalizou, através do ministro do petróleo do Kuwait, que está pronta para responder em caso de escassez no mercado.
Para a Europa, as consequências são duplas.
Se, por um lado, as ações das empresas petrolíferas valorizaram, por outro, o aumento do custo da energia pressiona a inflação e poderá adiar uma eventual descida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu.
Em Portugal, o impacto será sentido diretamente no preço dos combustíveis, que deverá aumentar nos próximos dias.
Este encarecimento afeta em cascata os setores dos transportes e da agricultura, agravando o custo de vida e pressionando o orçamento das famílias, especialmente com a aproximação do inverno.
O prazo de transição para a conclusão de contratos existentes, que termina a 21 de novembro, será um teste crucial para a capacidade de adaptação do mercado energético.
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