
Tensão entre EUA e Brasil agrava-se com sanções e acusação de coação judicial



A crise diplomática entre os Estados Unidos e o Brasil intensificou-se após a condenação do ex-Presidente Jair Bolsonaro.
O governo norte-americano impôs sanções, através da Lei Magnitsky, ao juiz Alexandre de Moraes, relator do processo, e posteriormente à sua mulher, Viviane Barci, e a uma empresa ligada à família.
Adicionalmente, os EUA revogaram os vistos do procurador-geral do Brasil e de outros cinco funcionários judiciais. A justificação do Departamento do Tesouro dos EUA foi que o juiz Moraes seria responsável por "detenções arbitrárias" e "restrições à liberdade de expressão".
O governo brasileiro reagiu com "profunda indignação", classificando as medidas como um "ataque à soberania" e uma tentativa de "minar os esforços do Poder Judiciário brasileiro".
Em paralelo, o Procurador-Geral da República (PGR) do Brasil, Paulo Gonet, acusou formalmente o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-Presidente, e o influenciador Paulo Renato Figueiredo Filho pelo crime de coação judicial.
Segundo a PGR, ambos atuaram junto de autoridades norte-americanas para que fossem impostas sanções contra o Brasil e as suas autoridades judiciais. O objetivo, segundo o procurador, era condicionar o processo criminal contra Jair Bolsonaro e promover um projeto de lei de amnistia.
A acusação refere "ameaças inequívocas e consistentes" para "dificultar e arruinar" a vida civil das autoridades.
A PGR requer a condenação dos acusados e a reparação por danos.
Este conflito surge na sequência da condenação de Jair Bolsonaro, no dia 11 de setembro, a 27 anos e três meses de prisão por crimes que incluem atentar contra o Estado democrático de direito. A 21 de agosto, a Polícia Federal já tinha indiciado Jair Bolsonaro e o seu filho Eduardo por coação, mas neste novo processo da PGR, o ex-Presidente não foi acusado. Após o anúncio das sanções à mulher de Alexandre de Moraes, tanto Eduardo Bolsonaro como Paulo Renato Figueiredo Filho celebraram a decisão nas redes sociais.
Artigos
15














Mundo
Ver mais
Requerente de asilo etíope condenado por agressões sexuais no Reino Unido
Um requerente de asilo etíope foi hoje condenado a um ano de prisão por agressões sexuais a uma adolescente de 14 anos e a uma mulher, incidentes na origem de uma vaga de manifestações anti-imigração no Reino Unido.

Macron é 'barrado' pela polícia de Nova Iorque por causa de... Trump
Presidente francês reagiu com descontração, ligou ao seu homólogo norte-americano e depois disso seguiu tranquilamente pelas ruas da cidade.

Mais de três mil mortos por cólera em pouco mais de um ano no Sudão
O número de casos de cólera está a aumentar no Darfur e mais de três mil pessoas no Sudão morreram da doença nos últimos 14 meses de guerra civil, disse hoje a agência de saúde da ONU.

Drones? Dinamarca "pode contar com total solidariedade da Europa"
António Costa prometeu ainda discutir a "prontidão de defesa comum europeia" na próxima reunião do Conselho Europeu, a 1 de outubro.