menulogo
Notícias Agora
light modedark mode
notifications
Notificações
notifications
Nenhuma notificação por ler
user
Close

Do Picoas a Paris: Investigação à Altice atravessa fronteiras e aperta o cerco a Armando Pereira

As autoridades francesas realizaram dezenas de buscas em residências e empresas ligadas ao grupo Altice, no âmbito de uma investigação por corrupção que visa o cofundador Armando Pereira. Esta operação é um desdobramento da Operação Picoas, iniciada em Portugal, e investiga um alegado esquema de fraude e branqueamento de capitais que terá lesado a empresa em centenas de milhões de euros.
News ImageNews ImageNews Image

As autoridades francesas, através do Procurador Nacional Financeiro (PNF), lançaram uma vasta operação de combate à corrupção visando o grupo Altice e o seu cofundador, Armando Pereira.

A ação envolveu mais de 70 investigadores e resultou em cerca de 30 buscas simultâneas a 15 residências e 14 empresas em diversas regiões de França.

Segundo o procurador Jean-François Bohnert, o objetivo foi recolher provas para uma investigação sobre um “vasto esquema de corrupção” que prejudicou o próprio grupo Altice. A investigação francesa aponta para crimes de corrupção privada, fraude organizada e branqueamento de capitais. O esquema, segundo o Ministério Público francês, baseava-se numa rede de empresas de fachada que atuavam como intermediárias entre a Altice e os seus fornecedores, permitindo a sobrefaturação de bens e serviços. Os fundos obtidos ilicitamente eram depois canalizados para circuitos internacionais de branqueamento de capitais. Durante as buscas, as autoridades apreenderam mais de 14 milhões de euros em contas bancárias, para além de veículos e artigos de luxo. Esta operação em França é um desdobramento direto da Operação Picoas, iniciada em Portugal em junho de 2023.

A investigação portuguesa, que levou à detenção de Armando Pereira e do seu alegado braço-direito, Hernâni Vaz Antunes, imputa ao cofundador da Altice 11 crimes, incluindo corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documentos. O Ministério Público português acredita que o esquema lesou o Estado e a Altice em centenas de milhões de euros.

Face às acusações, os advogados de Armando Pereira afirmaram que o empresário sempre esteve “à disposição do sistema judiciário”.

Por sua vez, Patrick Drahi, o principal acionista da Altice, manifestou-se “chocado” e “traído” pelas alegações, afirmando que, a serem verdadeiras, um pequeno grupo de indivíduos se aproveitou da sua posição em detrimento do grupo.

A Altice garante estar a cooperar com as autoridades de ambos os países.

Artigos

6
Explorar A Seguir Resumos Fontes Ouvir
Descarregar a app
Tenha acesso a todas as notícias, fontes e temas seleccionados por si.
Google Play App Store
Phones