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Plano municipal em Coimbra revela discriminação contra migrantes no acesso à habitação

Um novo plano municipal em Coimbra revela os desafios significativos que a crescente população migrante enfrenta, destacando a discriminação no acesso à habitação e a subutilização das suas competências. O documento, que será discutido pelo executivo, traça um retrato desta comunidade e propõe várias medidas para uma melhor integração.
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O Plano Municipal para a Integração dos Migrantes de Coimbra, que deverá ser implementado a partir de janeiro de 2026, identifica sérias dificuldades para esta população, nomeadamente no acesso à habitação, onde enfrentam não só preços elevados, mas também discriminação. O documento revela que a população migrante no concelho aumentou cerca de 71% entre 2021 e 2023, passando de aproximadamente oito mil para quase 14 mil pessoas, sendo caracterizada como "jovem-adulta, qualificada e maioritariamente recém-chegada", contribuindo para a renovação demográfica e económica da cidade. Apesar de aspetos positivos na integração comunitária e educativa, o plano aponta para uma "subutilização de competências devido ao reconhecimento insuficiente de qualificações", morosidade nos processos de regularização, barreiras linguísticas e digitais, e uma participação cívica reduzida. O documento refere ainda "experiências de racismo no quotidiano", com testemunhos de senhorios que se recusam a arrendar imóveis a determinadas nacionalidades.

Um inquérito realizado a 243 migrantes, como parte do estudo, concluiu que a maioria procura melhores condições de vida ou dar seguimento aos estudos, tendo escolhido Coimbra por afinidade com a região ou por terem familiares na cidade.

A maioria não recebeu qualquer apoio institucional à chegada.

Cerca de 58% dos inquiridos afirmaram ter sentido tratamento injusto devido à sua origem, cor de pele, sotaque ou religião em locais como o trabalho, comércio ou na procura de casa.

As dificuldades no acesso à habitação foram mencionadas por 38,6% dos participantes, e as barreiras linguísticas por cerca de 30%.

Para combater estes problemas, o plano propõe a criação de um balcão municipal para orientação no reconhecimento de qualificações, programas de mentoria, apoios ao empreendedorismo, formação em plataformas digitais com tradução e um protocolo para a denúncia de casos de discriminação. Outras medidas incluem a criação de assembleias interculturais, mediadores comunitários e programas culturais para promover a integração.

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