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Planos Climáticos Insuficientes: A COP30 como Prova de Fogo para a Ambição Global

Uma análise da ONU revela que os compromissos climáticos dos países são manifestamente insuficientes para travar o aquecimento global, colocando uma enorme pressão sobre a próxima cimeira do clima, a COP30, para acelerar a transição energética.
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Um relatório de síntese das Nações Unidas (ONU) sobre os compromissos climáticos nacionais (NDC) revela um progresso alarmantemente lento. Os planos conhecidos até à data apontam para uma redução de apenas 10% das emissões globais de gases com efeito de estufa (GEE) até 2035, um valor muito distante da meta de 60% (em relação a 2019) que os cientistas do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) consideram necessária para limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme o Acordo de Paris. Esta avaliação é, contudo, parcial, uma vez que mais de uma centena de países, incluindo a União Europeia e a China, não formalizaram os seus planos a tempo da análise, que incluiu apenas dados de 64 nações. Apesar de Simon Stiell, secretário executivo da ONU Clima, reconhecer que a humanidade está, pela primeira vez, a inverter a curva das emissões, sublinha que o esforço "ainda está longe de ser suficiente". O secretário-geral da ONU, António Guterres, já havia afirmado que não será possível conter o aquecimento abaixo de 1,5°C nos próximos anos.

Com o planeta já 1,4°C mais quente, muitos cientistas preveem que este limiar seja ultrapassado antes do final da década. Alertam ainda que, mesmo que seja uma ultrapassagem temporária, esta poderá ter "consequências irreversíveis".

Neste cenário, a próxima conferência da ONU sobre o clima, a COP30, que terá lugar em Belém, no Brasil, é vista como uma das últimas grandes oportunidades para alinhar as políticas climáticas e energéticas antes de 2030.

A principal expectativa recai sobre a apresentação de NDCs mais ambiciosas.

O setor da energia é central neste desafio, sendo o maior emissor de GEE e, simultaneamente, o principal agente para a sua redução. Relatórios de entidades como a Agência Internacional de Energia (IEA) e a McKinsey indicam, no entanto, que as emissões do setor continuam acima da trajetória compatível com a meta de 1,5°C, e as metas de triplicar a capacidade renovável até 2030, definidas na COP28, parecem distantes. O sucesso da COP30 dependerá da capacidade dos países de apresentarem compromissos que assegurem a coerência entre as políticas climáticas e energéticas, com metas transparentes e medidas estruturais que vão além da retórica e promovam uma transição eficaz.

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