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Ligação do PCC a bebidas adulteradas com metanol sob investigação no Brasil

A Polícia Federal brasileira está a investigar a possível ligação do grupo de crime organizado Primeiro Comando da Capital (PCC) a uma vaga de intoxicações por metanol em bebidas alcoólicas, que já resultou em três mortes confirmadas no estado de São Paulo.
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A investigação foi anunciada pelo diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que afirmou que as diligências irão determinar se existe uma conexão com o crime organizado.

O Governo brasileiro encontra-se em alerta, tendo os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Justiça, Ricardo Lewandowski, realizado uma conferência de imprensa conjunta em Brasília para abordar a situação. Segundo o ministro da Saúde, o número de casos de intoxicação por metanol disparou a partir de setembro. Alexandre Padilha referiu que, historicamente, o Sistema Nacional de Saúde notifica cerca de 20 casos por ano, mas desde setembro já foi registada "quase metade daquilo que se notificou ao longo de um ano".

As vítimas consumiram diversas bebidas destiladas, como gin, whisky e vodka, em locais como bares.

Uma das principais hipóteses, avançada pelo diretor de comunicação da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), é que o metanol, originalmente importado por organizações criminosas para adulterar combustíveis, tenha sido desviado para o setor das bebidas. Este desvio ter-se-á intensificado após a "Operação Carbono Oculto", em agosto, que desmantelou um esquema de fraude e lavagem de dinheiro no setor dos combustíveis.

Com empresas e transportadoras ligadas ao PCC interditadas, o metanol terá sido escoado para destilarias ilegais.

As autoridades confirmaram na segunda-feira a terceira morte em São Paulo devido ao consumo destas bebidas adulteradas.

Entre os casos sob investigação está o de quatro jovens que foram hospitalizados a 1 de setembro, após consumirem gin comprado numa adega na Cidade Dutra, na Zona Sul da capital paulista.

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