
Parceria Luso-Ucraniana e a Defesa Europeia com Drones



O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e a Universidade Nacional Yuriy Fedkovych, da cidade de Chernivtsi, na Ucrânia, formalizaram um acordo de cooperação para o desenvolvimento de projetos tecnológicos.
A parceria focar-se-á em drones e Inteligência Artificial (IA) aplicados à logística, com finalidades tanto civis como militares.
O protocolo foi assinado este mês em Turim, Itália, pelo presidente do IPG, Joaquim Brigas, e pelo reitor da universidade ucraniana, Ruslan Biloskurskyi, durante uma reunião da Rede de Universidades Europeias – UNITA. Joaquim Brigas classificou o acordo como "estratégico", alinhado com as propostas do Plano Draghi e da "Bússola para a Competitividade" da Comissão Europeia, sublinhando o foco do IPG em tecnologias para a Defesa.
O presidente do IPG destacou ainda que a guerra transformou a Ucrânia "num centro avançado de investigação e de produção de drones", desenvolvendo tecnologias de ponta de grande interesse para a instituição portuguesa. Para além dos projetos tecnológicos, a colaboração prevê iniciativas conjuntas no ensino, a mobilidade de investigadores e a realização de projetos colaborativos, com o objetivo de reforçar a dimensão europeia de ambas as instituições e aproximar as comunidades académicas e científicas de Portugal e da Ucrânia. A assinatura do acordo decorreu no âmbito da UNITA, uma aliança que junta 12 instituições de ensino superior de Portugal, Espanha, França, Itália, Roménia, Suíça e Ucrânia, caracterizadas pela sua localização em zonas transfronteiriças e de montanha. A reunião em Turim visou a evolução da UNITA de "aliança" para "confederação" universitária, o que permitirá maior mobilidade académica e profissional e o desenvolvimento de projetos científicos comuns.
Esta parceria surge num contexto em que a defesa europeia, particularmente com recurso a drones, está na agenda da União Europeia. A Comissão Europeia propôs aos Estados-membros o reforço de nove áreas de capacidades críticas, incluindo drones, IA e defesa antiaérea. Uma das prioridades anunciadas é a criação de um "muro de drones", uma barreira artificial para patrulhar o flanco leste da UE e impedir incursões no espaço aéreo. Inspirado na "experiência da Ucrânia", o plano visa aumentar a produção de drones em escala, através da colaboração entre startups, academia, indústria e governos.
Este sistema deverá ser adaptável para responder a outras ameaças, como desastres naturais ou crime organizado.
Bruxelas incentiva ainda a criação de "coligações de capacidades coletivas" entre os países para desenvolver projetos colaborativos na área da defesa.
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