
Pelo menos 14 mortos em confrontos entre manifestantes e polícia no Nepal



O Ministério da Comunicação e Tecnologia da Informação do Nepal ordenou o bloqueio de 26 plataformas de internet, incluindo Facebook, YouTube, X e LinkedIn. A justificação oficial para a medida foi o facto de estas empresas não se terem registado no país nem nomeado um representante local e um responsável pela regulação de conteúdos, conforme exigido por uma decisão do Supremo Tribunal de 2023. O governo nepalês nega qualquer intenção de minar a liberdade de pensamento e de expressão, afirmando que a decisão visa criar um "ambiente de proteção" e que as plataformas serão reativadas assim que formalizarem o seu registo. Este tipo de bloqueio não é inédito, uma vez que o serviço de mensagens Telegram já tinha sido suspenso em julho devido a um alegado aumento de fraudes online. A decisão provocou uma forte reação popular, com dezenas de milhares de pessoas a saírem às ruas de Katmandu para protestar. Os confrontos ocorreram quando os manifestantes se aproximaram do parlamento, uma área de acesso restrito.
Segundo o porta-voz da polícia local, Shekhar Khanal, as autoridades utilizaram gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar a multidão, resultando em feridos "de ambos os lados", embora sem fornecer números específicos.
Para muitos manifestantes, o protesto vai além do bloqueio das redes sociais.
Estudantes como Yujan Rajbhandari e Ikshama Tumrok afirmaram que a manifestação é também contra a "corrupção institucionalizada" e as "práticas autoritárias do governo". Outros participantes expressaram o receio de que as autoridades temam um movimento anticorrupção, especialmente porque as plataformas que ainda funcionam, como o TikTok, têm sido usadas para questionar o estilo de vida dos filhos de políticos.
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