Proteção Insuficiente: Relatório da ILGA World Revela Vazio Legal Global Contra o Bullying LGBTI



Um relatório da organização não-governamental ILGA World alerta que quatro em cada cinco países a nível mundial não possuem leis explícitas para proteger os jovens da comunidade LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo) contra o 'bullying'.
Segundo a organização, apenas seis Estados-membros das Nações Unidas adotaram legislação anti-'bullying' que protege os jovens de forma abrangente, independentemente da sua orientação sexual, identidade de género, expressão de género e características sexuais (SOGIESC).
Portugal integra este restrito grupo de países, juntamente com Andorra, Finlândia, Grécia, Holanda e Espanha.
A ILGA World destaca que a legislação portuguesa, nomeadamente o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, proíbe a discriminação com base na orientação sexual e identidade de género em ambientes educativos. Adicionalmente, a Lei sobre a autodeterminação da identidade e expressão de género impõe às autoridades educativas o dever de implementar medidas para combater a discriminação e a violência com base na identidade, expressão de género e características sexuais nas escolas.
Embora 40 Estados-membros da ONU mencionem pelo menos um dos motivos SOGIESC nas suas leis, a ILGA sublinha que isto representa apenas um quinto do mundo.
A organização adverte para as graves consequências da inação governamental, referindo que o 'bullying' prejudica a saúde mental dos estudantes LGBTI e diminui as suas perspetivas académicas e de emprego, o que acarreta custos sociais e de saúde. Gurchaten Sandhu, diretor de Programas da ILGA World, defendeu que quando os governos se recusam a agir, criam obstáculos que persistem na vida das pessoas. O relatório nota que a maioria das jurisdições que oferecem proteção recorre a leis de educação ou de igualdade, favorecendo abordagens pedagógicas para educar os agressores em vez de sanções criminais. A ILGA World congratula-se com desenvolvimentos positivos recentes, como as discussões de propostas de lei no Chile, Estónia e Ucrânia, e uma decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil que obriga as autoridades a combater o 'bullying' com base na orientação sexual e identidade de género. A organização incentiva mais Estados a seguirem estes exemplos para garantir que todos os jovens possam ter uma educação de qualidade, livre de discriminação.
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