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Aumento dos Preços da Habitação em Portugal

Portugal destacou-se como o país da União Europeia com o maior aumento nos preços da habitação, uma tendência que agrava a crise de acesso à morada e suscita debate sobre as medidas governamentais e europeias para a combater.
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Portugal registou a maior subida de preços da habitação na União Europeia pelo segundo trimestre consecutivo de 2025. De acordo com dados do Eurostat, os preços aumentaram mais de 16% no primeiro trimestre e 17,2% no segundo, em comparação com os períodos homólogos. Estes valores contrastam significativamente com a média da UE, que se situou nos 5,4% no segundo trimestre.

Na comparação trimestral, Portugal também liderou com um crescimento de 4,7%. A Bulgária e a Hungria seguiram-se a Portugal com as maiores subidas homólogas no segundo trimestre, com aumentos de 15,5% e 15,1%, respetivamente.

A tendência de subida acentuada não é recente.

Entre 2010 e o segundo trimestre de 2025, os preços das casas em Portugal mais do que duplicaram, com um aumento de 141%, colocando o país na sexta posição entre os Estados-membros com maiores valorizações neste período.

A Hungria (277%), a Estónia (250%) e a Lituânia (202%) lideram esta tabela.

No mesmo período, a média de aumento dos preços das casas na UE foi de 60,5%, enquanto as rendas subiram 28,8%. Em 21 dos 26 países da UE, os preços das casas subiram mais do que os das rendas.

O Governo português apresentou um pacote legislativo para tentar mitigar a crise, que inclui a redução do IVA de 23% para 6% e benefícios fiscais para senhorios e inquilinos, visando promover o mercado de arrendamento. No entanto, as medidas têm sido alvo de críticas, com alegações de que beneficiam desproporcionalmente os proprietários.

A garantia pública para jovens até 35 anos também foi criticada por, alegadamente, inflacionar ainda mais os preços num mercado já sobreaquecido.

A crise da habitação não é exclusiva de Portugal, sendo um problema que afeta a maioria dos países europeus. Em resposta, a Comissão Europeia está a rever as regras de auxílios estatais para permitir que os Estados-membros apoiem a habitação acessível de forma mais simples e rápida. Bruxelas planeia também introduzir um Plano Europeu para a Habitação Acessível até ao final de 2025, que visa complementar as políticas nacionais com mais financiamento e novas normas, nomeadamente para os arrendamentos turísticos.

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