Ministro Paulo Rangel afirma que Portugal mantém os Estados Unidos como prioridade



Durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, o ministro Paulo Rangel declarou que os Estados Unidos são uma prioridade para Portugal e que o país não alterará a sua posição face à nova e crítica estratégia de segurança da administração norte-americana em relação à Europa. O governante sublinhou que Portugal é “um país atlântico e atlantista” e que sabe qual o seu lugar: a defesa da NATO e da “relação preferencial com os Estados Unidos”. Paulo Rangel frisou que esta é uma “relação de longo curso e de longo tempo”, que transcende os governos de turno. Embora reconheça que a administração do Presidente Donald Trump “tem mostrado alguma oscilação na sua definição geopolítica”, considera tal facto “naturalíssimo”, referindo que sempre aconteceu nas administrações norte-americanas e que se trata muitas vezes de “espuma dos dias”. Perante as perguntas dos deputados, o ministro apelou à paciência, afirmando que há que “aprender algo com a civilização chinesa”.
“Os portugueses são pacientes e não vão alterar o seu rumo de acordo com um ou outro documento que aflore agora”, comentou.
A nova estratégia de segurança dos Estados Unidos, divulgada no início do mês, contém várias críticas à Europa.
O documento alega que as instituições europeias minam “a liberdade política e a soberania” e aponta o dedo às políticas migratórias, à “censura à liberdade de expressão e a repressão da oposição política, o colapso das taxas de natalidade e a perda das identidades nacionais e da autoconfiança” no continente europeu.
















