Portugal, 'Economia do Ano': Entre o Reconhecimento Internacional e os Desafios Internos



Portugal foi eleito a 'Economia do Ano' em 2025 pela revista britânica The Economist, liderando um ranking que avalia o desempenho económico de 36 das nações mais ricas do mundo. A distinção baseou-se numa análise de cinco indicadores, destacando-se o país pela combinação de um crescimento sólido, inflação baixa e uma forte valorização do mercado acionista.
A notícia gerou reações positivas no espectro político.
O Secretário de Estado da Economia considerou o reconhecimento um 'sinal positivo', mas sublinhou que o país não se deve desviar do seu foco no crescimento e na criação de valor acrescentado. Na mesma linha, o ex-ministro da Economia, Pedro Reis, classificou a distinção como 'um bom sinal', especialmente no contexto de uma economia mundial 'muito volátil', afirmando que esta pode 'acelerar as decisões de investimento'.
No entanto, este reconhecimento acarreta 'responsabilidade'.
Pedro Reis defende que é imperativo que o bom desempenho se traduza na 'melhoria do nível de vida e no aumento dos salários', e insiste na necessidade de 'continuar a baixar a fiscalidade'.
Outras perspetivas são mais críticas, questionando para quem é que a economia portuguesa 'é o sonho'. É referido que existe 'um outro lado da vida portuguesa que está muito longe de ser doce como um pastel de nata', sugerindo que os benefícios do sucesso económico não são sentidos por toda a população e que a ponderação e a 'falta de confetis' de algumas figuras, como Castro Almeida, refletem essa realidade.













