
Portugal coloca 1.131 milhões de euros em dívida a 10 e a 17 anos a taxas de juro mais altas



A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realizou, no dia 10 de setembro de 2025, dois leilões de Obrigações do Tesouro (OT) com o objetivo de angariar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros. A operação resultou na colocação de um montante total de 1.131 milhões de euros, ficando dentro do intervalo pretendido, mas implicou um aumento dos custos de financiamento para o Estado português. Na maturidade a 10 anos, através da linha com vencimento em junho de 2035, foram colocados 621 milhões de euros a uma taxa de juro de 3,059%. Este valor representa um agravamento de 6 pontos base face a um leilão semelhante realizado em junho, onde a taxa se fixou nos 3%. A procura nesta operação foi 1,57 vezes superior à oferta, um rácio inferior ao registado na operação de junho (1,79 vezes).
Na maturidade mais longa, a 17 anos (com vencimento em abril de 2042), o IGCP financiou-se em 510 milhões de euros a uma taxa de 3,637%.
O custo foi consideravelmente superior, 29,5 pontos base acima dos 3,342% pagos numa operação comparável em fevereiro. Também neste caso a procura foi menor, passando de 1,9 vezes a oferta em fevereiro para 1,74 vezes.
Este aumento dos custos no mercado primário ocorreu num dia em que, no mercado secundário, os juros da dívida portuguesa estavam a descer nos prazos a dois, cinco e 10 anos. Pelas 08:25 de Lisboa, os juros a 10 anos recuavam para 3,073%.
Esta tendência de descida estava alinhada com a de outros países da zona euro como a Grécia, Irlanda e Itália.
No que respeita às taxas Euribor, na véspera do leilão, a taxa a seis meses, a mais utilizada nos créditos à habitação em Portugal, tinha subido ligeiramente para 2,106%, enquanto os prazos a três e 12 meses registaram uma descida.
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