Poupança em Alta: Portugueses Guardam Mais, Mas Desafios de Rendimento e Despesas Persistem



A taxa de poupança dos portugueses alcançou em 2024 o seu nível mais elevado desde 2003, fixando-se nos 12,1% do rendimento disponível. Dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos ao segundo trimestre do ano, indicam uma subida para 12,6%. Esta evolução é justificada por um crescimento do Rendimento Disponível Bruto das famílias (1,5%) superior ao aumento da despesa de consumo final (1,4%), o que determinou uma maior capacidade para guardar dinheiro.
Apesar de o valor atual ser um máximo de duas décadas, está consideravelmente abaixo dos níveis registados no passado. Segundo a série estatística do Banco de Portugal, o pico da poupança foi atingido em 1972, com uma taxa de 31,2%.
Durante as décadas de 70 e 80, os portugueses chegaram a poupar quase um terço do seu rendimento.
A partir dos anos 90, iniciou-se uma trajetória de queda, que culminou no ponto mais baixo em 2008, durante a crise financeira.
Mais recentemente, em 2020, a pandemia provocou um disparo da poupança para 12%, devido aos confinamentos e à incerteza económica.
Um estudo realizado pela TGM Research Institute para a Xtb, com uma amostra de 1.000 inquiridos, aprofunda os hábitos de poupança.
Embora 72% dos portugueses afirmem conseguir poupar uma parte do seu rendimento mensal, a maioria não consegue acumular uma percentagem significativa.
Mais de um terço dos inquiridos poupa apenas entre 5% e 10% do seu rendimento, e somente 16% conseguem guardar mais de 20%. As principais motivações para poupar são a necessidade de fazer face a despesas inesperadas (37%) e a concretização de objetivos pessoais (36%), enquanto a poupança para a reforma ou a longo prazo é a prioridade para cerca de um sexto da população.
O estudo identifica também os maiores obstáculos: as despesas fixas elevadas (49%) e os baixos rendimentos (47%).
A divulgação destes dados coincide com a celebração do Dia Mundial da Poupança.
Artigos
14Economia
Ver mais
O Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, concluiu o processo de revisão para a simplificação dos investimentos da Região no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em total alinhamento com a estratégia nacional e com as orientações da Comissão Europeia. Segundo o Secretário Regional da […]

Estudo mostra que apenas 31, dos 308 municípios,registam um poder de compra acima da média.

O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, defendeu ontem, em Bruxelas, o reforço das políticas europeias para as Regiões Ultraperiféricas, sublinhando a importância de manter e ampliar o programa POSEI. Após a conferência, anunciou que enviará uma carta ao Presidente do Conselho Europeu, António Costa, a contestar a proposta da Comissão Europeia […]

Trabalhadores por conta de outrem ganharam em média mais 104 euros limpos no terceiro trimestre face há um ano.





