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Investimento da Praxis em Coimbra

O grupo Praxis vai investir perto de cinco milhões de euros na Quinta do Pomar do Alqueive, em Coimbra, num projeto que visa aumentar a produção de cerveja e reforçar a aposta numa bebida inovadora, a citrosidra, aliando a produção a um modelo de economia circular.
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O grupo empresarial de Coimbra, Praxis, planeia investir 4,8 milhões de euros na Quinta do Pomar do Alqueive, uma propriedade de 35 hectares.

O projeto, que aguarda o reconhecimento de interesse público municipal pela Assembleia Municipal, já foi aprovado por unanimidade pelo executivo camarário.

O investimento contempla a criação de uma unidade de produção de cerveja artesanal e citrosidra, um centro interpretativo e um restaurante, prevendo a criação de 25 postos de trabalho diretos. Com esta nova unidade, a Praxis, que recuperou as marcas históricas de cerveja Topázio e Onyx, espera aumentar a sua capacidade de produção anual dos atuais 800 mil litros para cerca de cinco milhões, com conclusão prevista no prazo de um ano. Um dos focos do investimento é a citrosidra, uma bebida fermentada lançada em 2022, criada a partir de mosto de maçã e laranja em partes iguais. A ideia nasceu de uma tese de mestrado de Arnaldo Baptista, proprietário do grupo, que quis valorizar a histórica ligação de Coimbra aos laranjais.

Parte da matéria-prima é colhida na própria quinta.

A bebida é descrita como um produto "seco", para apreciadores, que combina "o aveludado da maçã" com "o toque cítrico" da laranja, distinguindo-se das sidras comerciais mais açucaradas.

O projeto assenta num forte pilar de economia circular.

A quinta, situada na fronteira entre Coimbra e Montemor-o-Velho, possui pomares e cria animais como vacas, ovelhas e porcas.

Os resíduos da produção são reaproveitados: os restos sólidos dos cereais da cerveja, ricos em proteína, servem de alimento para as vacas, enquanto os excedentes alimentares e as borras de café do restaurante são transformados em adubo através de compostagem. A nova unidade de produção será construída de forma a minimizar o impacto ambiental, ficando "praticamente toda enterrada no solo" e com cobertura vegetal.

O centro interpretativo explicará o processo de criação da sidra.

Arnaldo Baptista espera que o reconhecimento municipal ajude a ultrapassar as resistências burocráticas que, segundo ele, projetos "com alguma audácia" enfrentam junto dos organismos estatais.

No futuro, poderá ainda ser desenvolvido um projeto hoteleiro na quinta.

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