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Habitação em Portugal Atinge Valores Recorde com Subidas Generalizadas

O preço da habitação em Portugal atingiu novos máximos históricos, com o valor mediano por metro quadrado a ultrapassar pela primeira vez a barreira dos 2.000 euros. A tendência de subida acentuada verifica-se de forma generalizada em quase todo o território, tanto no mercado de venda como no de arrendamento.
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O mercado imobiliário português registou um aumento significativo e generalizado nos preços durante o último ano, conforme indicam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do barómetro do Imovirtual. Pela primeira vez, o preço mediano da habitação a nível nacional superou os 2.065 euros por metro quadrado (euros/m2) no segundo trimestre do ano, com mais de 90% dos municípios a sentirem o agravamento dos custos. Em outubro, o preço médio de venda de uma casa em Portugal atingiu os 445.000 euros, um aumento de 19% em termos homólogos, enquanto o valor médio das rendas se fixou nos 1.285 euros.

As disparidades regionais mantêm-se acentuadas.

A Grande Lisboa destaca-se como a sub-região mais cara, com um valor mediano de 3.403 euros/m2, seguida pelo Algarve, Península de Setúbal e Região Autónoma da Madeira. Em municípios como Lisboa e Cascais, os preços ultrapassam mesmo os 4.000 euros/m2.

O número de concelhos onde uma habitação de 100 m2 custa mais de 200 mil euros aumentou de 32 para 47 num só ano. Faro consolidou-se como o distrito mais caro do Sul, com um preço médio de venda de 562.250 euros.

No extremo oposto, as sub-regiões de Beiras e Serra da Estrela, Alto Alentejo e Baixo Alentejo apresentam os preços mais baixos.

Contudo, mesmo estas zonas registaram subidas expressivas.

O Baixo Alentejo, por exemplo, viu o preço mediano aumentar 38,7% em termos homólogos, fixando-se nos 882 euros/m2.

No Alentejo, segundo dados de outubro, o preço médio de venda subiu 21% num ano, atingindo 264.500 euros. Évora destacou-se com a maior subida mensal do país no valor das rendas (9%), para uma média de 900 euros, embora este valor represente uma quebra homóloga de 10%. Em contrapartida, Beja registou uma descida mensal de 2% no preço de venda e de 4% no arrendamento.

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