Tendências Opostas nos Combustíveis: Gasóleo Sobe e Gasolina Desce Influenciados por Mercados Globais e Política Fiscal



A partir da próxima segunda-feira, os preços dos combustíveis em Portugal seguirão trajetórias distintas.
O gasóleo, o combustível mais utilizado no país, deverá registar um aumento de três cêntimos por litro, assinalando a quarta semana consecutiva de subidas.
Em contrapartida, a gasolina simples 95 deverá descer um cêntimo. De acordo com as previsões de fontes do setor e do Automóvel Club de Portugal (ACP), o preço médio do gasóleo simples poderá atingir 1,639 euros por litro, enquanto a gasolina simples 95 deverá fixar-se em cerca de 1,724 euros por litro, com base nos valores médios da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Esta variação de preços reflete a evolução das cotações nos mercados internacionais.
O preço do barril de petróleo Brent, referência para a Europa, tem vindo a descer, influenciado pela pressão dos Estados Unidos para um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, o que poderia aumentar a oferta global. A incerteza sobre as taxas de juro e o ceticismo do mercado quanto à eficácia das sanções dos EUA contra as petrolíferas russas Rosneft e Lukoil são outros fatores que contribuem para a volatilidade.
É importante notar que estes valores são previsões e podem sofrer alterações.
O preço final ao consumidor depende do fecho das cotações do petróleo Brent e do comportamento do mercado cambial no final da semana.
Além disso, os preços variam entre os diferentes postos de abastecimento, uma vez que resultam da média dos valores praticados e das estratégias comerciais de cada gasolineira.
Paralelamente, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, esclareceu que a Comissão Europeia não impôs uma data limite para o fim do desconto no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP).
O governante garantiu que a reversão deste benefício fiscal, criado durante a crise energética, será feita de forma gradual para não sobrecarregar os consumidores, aproveitando momentos de redução dos preços. Segundo o Conselho das Finanças Públicas, a eliminação total deste desconto representaria uma receita adicional de 1.132 milhões de euros para o Estado.











