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COP30: Otimismo Brasileiro Confronta Realidade Climática às Portas da Cimeira de Belém

A presidência brasileira da COP30 manifesta confiança na manutenção da meta de aquecimento de 1,5ºC, apesar de dados científicos recentes indicarem que o planeta está perigosamente próximo de ultrapassar este limite.
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A poucos dias do início da conferência da ONU sobre o clima (COP30) em Belém, no Brasil, a presidência brasileira divulgou uma carta aberta expressando confiança de que ainda é possível limitar o aquecimento global a 1,5ºC. Esta meta foi estabelecida há 10 anos no Acordo de Paris (COP21), onde os países se comprometeram a limitar o aquecimento a 2ºC acima dos níveis pré-industriais, com a preferência de não exceder 1,5ºC.

Na sua nona e última carta antes da cimeira, o embaixador André Correa do Lago, presidente da COP30, exortou as nações a intensificarem a cooperação e a ação climática, afirmando que o mundo se encontra numa "encruzilhada".

Esta posição otimista contrasta com os alertas da comunidade científica.

Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) revelou que a temperatura média global entre janeiro e agosto de 2025 já esteve 1,42ºC acima da era pré-industrial, muito perto do limite de 1,5ºC. A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, admitiu que, devido às altas temperaturas e ao aumento recorde das concentrações de gases com efeito de estufa em 2024, será "praticamente impossível" limitar o aquecimento a 1,5°C nos próximos anos sem que as temperaturas ultrapassem temporariamente esse limiar. Na carta intitulada "Um apelo à aceleração, cooperação e coragem", Correa do Lago adverte que o planeta se aproxima de pontos de inflexão climáticos irreversíveis, mas defende que ainda há esperança através da ativação de "pontos de inflexão positivos". Para tal, a presidência da COP30 identifica três prioridades: o reforço do multilateralismo, a ligação do regime climático à economia real e a aceleração da implementação do Acordo de Paris, promovendo transformações tecnológicas, sociais e económicas.

Como exemplo de que a mudança é viável, o documento destaca a redução de 50% no desmatamento da Amazónia alcançada pelo governo brasileiro nos últimos dois anos. Além do debate sobre as metas de aquecimento, a cimeira, que decorre de 11 a 22 de novembro, terá como objetivo principal estabelecer um novo valor para a ajuda financeira dos países do Norte para os do Sul, destinada à luta e adaptação às alterações climáticas.

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