Catarina Martins Critica 'Mega-Central' Solar na Beira Baixa em Defesa das Populações e Terras Agrícolas



Numa visita à localidade de Mata da Rainha, no concelho do Fundão, a candidata presidencial apoiada pelo Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, manifestou a sua oposição ao projeto da central solar fotovoltaica Sophia, que classificou como um "absurdo". A também eurodeputada ouviu as preocupações da comunidade local, afirmando que "não se podem fazer negócios para um punhado de pessoas à conta da vida das milhares" que vivem no interior.
O projeto em causa, com um investimento de cerca de 590 milhões de euros, abrange os municípios de Fundão, Idanha-a-Nova e Penamacor. Prevê uma capacidade instalada de 867 MWp e uma ocupação de terreno equivalente a "400 campos de futebol", com 390 hectares de módulos fotovoltaicos e uma área total vedada de 1.734 hectares.
Segundo a candidata, esta iniciativa está a destruir "terra agrícola, muito produtiva, absolutamente necessária para o país" e para a sua soberania alimentar e equilíbrio ecológico.
Catarina Martins sublinhou que não se opõe à produção de energia solar para a transição energética, mas defende um modelo descentralizado em vez de "grandes campos que estão a matar terrenos agrícolas". Denunciou que, no âmbito destes projetos, estão a ser abatidas árvores protegidas e a destruir-se a paisagem natural, a capacidade produtiva da região e a qualidade de vida das populações.
A candidata já questionou a União Europeia sobre este assunto e aguarda uma pronúncia da Comissão Europeia.
Para a eurodeputada, uma "boa economia" é aquela que respeita as populações e não a que permite que "alguns façam grandes negócios para os seus bolsos". Salientou que a população da Beira Baixa já é "sacrificada vezes demais com negócios que só destroem a sua qualidade de vida", sem trazer em troca empregos de qualidade e bem remunerados, ao mesmo tempo que a região se vê abandonada e sem serviços públicos fundamentais.











