Luís Marques Mendes defende-se da polémica sobre os seus rendimentos e critica o nível da campanha



O candidato presidencial Luís Marques Mendes, apoiado pelo PSD e CDS-PP, afirmou no Funchal que a polémica em torno dos seus rendimentos "baixa um bocadinho o nível da campanha".
A controvérsia surgiu após a revista Sábado noticiar que o candidato se recusou a esclarecer a origem de 709 mil euros recebidos nos últimos dois anos como consultor externo da sociedade Abreu Advogados.
Em causa estão 413.247,58 euros recebidos em 2023 e 296.309,37 euros em 2024.
Em declarações aos jornalistas, durante uma ação de campanha na Madeira onde esteve acompanhado por Miguel Albuquerque, Marques Mendes comprometeu-se a divulgar a lista de clientes de uma sociedade familiar que deteve, entretanto já dissolvida, assim que obtiver autorização dos mesmos.
No entanto, relativamente à sua colaboração com a Abreu Advogados, invocou o sigilo profissional para não revelar os clientes.
O candidato negou qualquer semelhança com o caso "Spinumviva", que envolveu o primeiro-ministro Luís Montenegro e foi recentemente arquivado.
O também candidato Gouveia e Melo alertou, contudo, que a dúvida sobre a lista de clientes é prejudicial.
Marques Mendes aproveitou para criticar o seu adversário João Cotrim Figueiredo, acusando-o de "baixar bastante o nível da campanha" com "ataques pessoais" feitos "nas suas costas", o que classificou como "baixa política".
Garantiu que não irá "pagar na mesma moeda" e que manterá uma campanha "pela positividade".
Para se dedicar à corrida presidencial, cujas eleições se realizam a 18 de janeiro, o candidato suspendeu a sua atividade na Ordem dos Advogados e desvinculou-se da Abreu Advogados, apelando ainda a que os seus adversários também demonstrem total transparência.





















