Mobilidade Urbana em Xeque: Entre a Greve em Lisboa e os Atrasos no Porto



A greve geral de 11 de dezembro causou uma afetação significativa no serviço de transportes em Lisboa, com a paralisação total do Metropolitano. O serviço foi interrompido a partir das 23h00 do dia 10 de dezembro, com a previsão de normalização apenas para as 06h30 do dia 12.
O Metro de Lisboa destacou-se por ser a única empresa de transportes sem serviços mínimos decretados, uma decisão arbitral baseada na segurança dos passageiros em ambiente subterrâneo, que a empresa anunciou que irá contestar. A paralisação do metro contribuiu para constrangimentos de trânsito em toda a Área Metropolitana de Lisboa, com a PSP a prever dificuldades nos principais eixos rodoviários. Enquanto isso, no Porto, a discussão centra-se nos atrasos e problemas relacionados com os projetos da Metro do Porto, em particular o Metrobus da Boavista.
O presidente da Câmara Municipal, Pedro Duarte, garantiu que a data de arranque da operação será conhecida ainda este ano. As obras da primeira fase estão concluídas há mais de um ano, mas a circulação dos veículos está pendente devido a vários fatores, como a falta inicial de veículos apropriados movidos a hidrogénio, dificuldades na manobra de inversão de marcha na rotunda e pendências burocráticas, como a homologação pelo IMT.
O autarca do Porto comprometeu-se a discutir aprofundadamente a matéria numa reunião em janeiro, para a qual convidará a administração da Metro do Porto, afirmando existir uma “mudança radical” na relação entre as duas entidades.
A segunda fase do projeto, entre a Marechal Gomes da Costa e a Anémona, continua suspensa após contestação pública devido ao abate de árvores, com Pedro Duarte a assegurar que não serão derrubadas mais árvores.
Para além do Metrobus, foram mencionados outros atrasos em projetos da Metro do Porto, como a Linha Rosa, e o impacto negativo que a demora nas obras está a ter na superfície da cidade.













