
Crise Política em Madagáscar



A grave crise política em Madagáscar levou à saída do Presidente Andry Rajoelina do país, que partiu no domingo num avião militar francês com destino à Ilha da Reunião, sendo o Dubai apontado como o seu possível local de exílio. A saída terá sido facilitada por um acordo com a possível mediação do Presidente francês, Emmanuel Macron, para encontrar uma solução pacífica, embora as autoridades francesas não tenham comentado.
Esta situação surge na sequência de protestos populares que começaram a 25 de setembro, inicialmente motivados por cortes recorrentes no fornecimento de água e eletricidade. As manifestações, impulsionadas pelo movimento juvenil 'Gen Z', rapidamente se transformaram num movimento antigovernamental, exigindo a demissão de Rajoelina e rejeitando as suas propostas de diálogo.
A agitação representa o maior desafio para o chefe de Estado desde a sua reeleição em 2023.
A crise intensificou-se quando unidades militares se juntaram aos manifestantes na capital, Antananarivo.
A Presidência malgaxe denunciou uma tentativa de golpe de Estado, especialmente após uma unidade militar, o CAPSAT, que já havia participado no golpe de 2009 que levou Rajoelina ao poder pela primeira vez, ter anunciado que assumiu o controlo das Forças Armadas.
Posteriormente, o ministro das forças armadas reconheceu um novo chefe do exército escolhido por este grupo militar.
Os protestos resultaram em violência, com um balanço da ONU a apontar para pelo menos 22 mortos e cerca de 100 feridos, incluindo manifestantes e transeuntes.
O Presidente Rajoelina contestou estes números, afirmando que as 12 vítimas mortais eram "saqueadores" e "vândalos".
Organizações internacionais, incluindo o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelaram às autoridades malgaxes para que respeitassem os direitos humanos e cessassem o uso de força desnecessária.
Apesar das suas riquezas naturais, Madagáscar continua a ser um dos países mais pobres do mundo, com quase 75% da população a viver abaixo do limiar da pobreza em 2022, segundo o Banco Mundial.
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