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Cimeira UE-CELAC: O Apelo de Costa ao Multilateralismo Face a Tensões e Ausências Notáveis

Na 4.ª Cimeira UE-CELAC, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, sublinhou a importância vital do diálogo multilateral, num encontro marcado por progressos na cooperação birregional mas também por ausências de peso e por um clima de tensão diplomática entre os Estados Unidos e nações latino-americanas.
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O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu que, num mundo multipolar, a cooperação birregional e o diálogo multilateral são "mais importantes do que nunca". As declarações foram proferidas à entrada para a 4.ª Cimeira entre a União Europeia (UE) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que decorre em Santa Marta, na Colômbia, e que é copresidida por Costa e pelo presidente colombiano, Gustavo Petro. Recordando a cimeira anterior, realizada em Bruxelas há dois anos, António Costa destacou os resultados da "estratégia conjunta muito ambiciosa" então aprovada, que já permitiu mobilizar mais de 31 mil milhões de euros para mais de 100 projetos nas áreas da conectividade e das transições energética, climática e social. Para o encontro atual, o antigo primeiro-ministro português antecipou a aprovação de "uma nova rota para os próximos dois anos", incluindo um novo pacote de projetos e uma declaração conjunta. Para Costa, a capacidade de 60 países com orientações ideológicas distintas discutirem os temas prementes da agenda internacional e construírem um futuro partilhado é a prova de que "o diálogo multilateral vale a pena".

A cimeira fica, no entanto, assombrada por ausências notáveis do lado europeu, incluindo a da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do chanceler alemão, Friedrich Merz, e do presidente francês, Emmanuel Macron.

Além disso, o evento decorre num contexto de elevadas tensões diplomáticas entre Washington e Bogotá, após os Estados Unidos terem imposto sanções ao presidente Gustavo Petro, acusando-o de colaborar com o narcotráfico. Esta tensão é agravada por operações norte-americanas no Caribe e Pacífico, onde os EUA afirmam ter afundado 17 embarcações alegadamente ligadas ao tráfico de droga, causando mais de 60 mortes.

Países como a Colômbia e a Venezuela classificam estas ações como "assassinatos e execuções extrajudiciais".

O Brasil indicou a intenção de abordar o tema na cimeira, com o presidente Lula da Silva a descrever a sua presença como um ato de "solidariedade regional" para com a Venezuela, face ao destacamento militar dos EUA perto das suas águas territoriais.

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