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Criação do Euro Digital

O presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, alertou para a crescente urgência na criação de um euro digital, apelando a um consenso na União Europeia para fazer avançar o projeto e competir com as plataformas de pagamento estrangeiras.
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Durante uma reunião informal dos ministros do euro em Copenhaga, o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, sublinhou a “urgência cada vez maior” da criação de um euro digital. Donohoe expressou a esperança de alcançar um “consenso alargado” que permita à presidência dinamarquesa do Conselho da UE avançar com o trabalho legislativo necessário para o projeto, nomeadamente no que diz respeito ao seu lançamento e aos limites de detenção. A principal motivação para este impulso é a necessidade de competir com serviços de pagamento online estrangeiros, como os norte-americanos PayPal e Apple Pay, e o chinês Alipay.

As previsões indicam que, até 2027, estas plataformas poderão ser responsáveis por 40% do comércio eletrónico e 27% dos pagamentos em loja na Europa.

O euro digital, gerido pelo Banco Central Europeu (BCE), funcionaria como um ativo semelhante ao dinheiro, trocado através de sistemas online.

O BCE está atualmente a preparar a criação da moeda digital.

Após o início de um projeto-piloto em 2021, o banco central tem vindo a desenvolver a metodologia, a definir limitações e a finalizar os aspetos técnicos.

Uma decisão sobre a passagem à fase seguinte do projeto é esperada do Conselho do BCE no final de 2025.

Este trabalho enquadra-se num pacote legislativo apresentado pela Comissão Europeia em junho de 2023, que visa também salvaguardar a utilização do euro em numerário. A proposta prevê que o euro digital funcione como uma carteira digital, permitindo a cidadãos e empresas realizar pagamentos em qualquer lugar da zona euro.

Seria distribuído por bancos e outros prestadores de serviços de pagamento, com uma versão básica gratuita, e a sua aceitação seria obrigatória para a maioria dos comerciantes, exceto os de muito pequena dimensão.

Apesar do apelo à urgência, fontes europeias citadas pela Lusa não antecipam grandes avanços num dossiê que está em discussão há vários anos.

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