
Demolições para a Linha de Alta Velocidade Porto-Oiã



O projeto de execução para o troço da linha de alta velocidade entre Porto e Oiã, submetido pelo consórcio AVAN Norte, prevê a demolição de 236 edifícios. O documento, que esteve em consulta pública até 11 de novembro, detalha que serão afetadas 185 habitações e 45 atividades económicas, num total de 230 "afetações diretas". O consórcio AVAN Norte, composto pelas empresas Mota-Engil, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro, Casais, Conduril e Gabriel Couto, justifica que o número de afetações no projeto de execução é, na realidade, inferior ao que deveria ter sido contabilizado na fase anterior do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que seria de 262. As diferenças resultam de alterações ao projeto, nomeadamente no Túnel de Mamodeiro, na zona industrial de Canelas e na zona de Grijó/Serzedo, onde expropriações temporárias se tornaram necessárias por razões de segurança construtiva, dado que os residentes ou trabalhadores ficariam muito próximos do túnel. Segundo o agrupamento de empresas, a evolução do projeto reflete um maior rigor técnico devido a uma escala de trabalho mais precisa, a articulação com as autarquias locais e a otimização ambiental e funcional. Entre as melhorias destacam-se a construção da estação de Gaia à superfície, a requalificação da estação de Campanhã e a gestão eficiente de recursos, como o aproveitamento de pedreiras para deposição de terras. O custo total do troço Porto-Oiã está estimado em 1.661 milhões de euros, contando com um financiamento de 875 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI). O projeto beneficiará ainda de 480 milhões de euros em subvenções do Mecanismo Interligar a Europa e 150 milhões de cofinanciamento pela IP.
A conclusão da primeira fase (Porto-Soure) está prevista para 2030, a segunda (Soure-Carregado) para 2032 e a ligação do Porto a Vigo também para 2032.
O custo total do eixo Lisboa-Valença, segundo o governo anterior, ronda os sete a oito mil milhões de euros.
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