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Montenegro admite orientação para maior eficiência no SNS mas rejeita cortes
Montenegro Nega Cortes na Saúde e Apela à "Otimização de Recursos"
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, rejeitou categoricamente a existência de cortes no Serviço Nacional de Saúde (SNS), defendendo antes uma orientação para uma maior eficiência e otimização dos recursos públicos.
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Em resposta a uma notícia do jornal Público, segundo a qual a Direção Executiva do SNS deu indicações aos hospitais para cortar despesas, mesmo que isso implicasse abrandar consultas e cirurgias, o primeiro-ministro Luís Montenegro negou que esteja em curso uma política de cortes. Em declarações aos jornalistas à saída de uma visita a uma escola em Lisboa, Montenegro afirmou que “a palavra corte não é correta” e que “é completamente falso que haja qualquer orientação no sentido de diminuir a capacidade de disponibilizar serviços”. O chefe do Governo admitiu, contudo, existir “uma orientação muito exigente”, que assumiu como sua, no sentido de uma maior eficiência e “otimização de recursos” no setor da saúde.
Segundo Montenegro, o objetivo não é cortar, mas sim “gerir melhor, lutar contra o desperdício, implica fazer melhores opções na compra de bens e serviços”.
Esta melhor gestão, defendeu, permitiria alocar recursos para valorizar as carreiras dos profissionais de saúde, atraindo e retendo talento no sistema, bem como acelerar a recuperação das listas de espera para consultas e cirurgias. Montenegro sublinhou o elevado investimento na saúde, cujo programa orçamental representa cerca de 18 mil milhões de euros, um aumento de 10 mil milhões em dez anos.
Este esforço financeiro, argumentou, exige uma gestão mais eficiente do dinheiro público.
Questionado sobre o pedido de demissão da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, feito pelo líder do PS, o primeiro-ministro reiterou a sua total confiança na ministra.
Recusou ainda antecipar o que o Presidente da República poderá dizer sobre o tema, afirmando que as suas conversas com Marcelo Rebelo de Sousa decorrem com “reserva e recato”.
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