Primeiro-ministro anuncia investimento na Defesa sem paralelo durante visita a tropas na Eslováquia



Acompanhado pelo ministro da Defesa, Nuno Melo, e pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca, o primeiro-ministro Luís Montenegro visitou os cerca de 120 militares portugueses destacados na Eslováquia. Durante um almoço com a primeira Força Nacional Destacada (FND) na base militar de Lest, Montenegro afirmou que o investimento em curso e futuro na Defesa “não tem paralelo” na história de Portugal, abrangendo tanto as carreiras militares como os equipamentos.
O chefe do Governo justificou este reforço como uma necessidade para garantir a autonomia e soberania nacionais, bem como para cumprir os compromissos com os aliados da NATO.
Montenegro sublinhou que a Europa enfrenta uma nova realidade de “perigo” e a “existência de inimigos”, numa clara alusão à invasão russa da Ucrânia em 2022.
Considerou ainda que o investimento na Defesa é um “pressuposto” para o desenvolvimento económico e social, sendo determinante para sustentar as despesas com o Estado Social em áreas como a saúde e a educação.
A segurança, afirmou, é fundamental para uma economia forte e para proteger a democracia de campanhas de desinformação. Montenegro destacou também que este investimento terá um impacto positivo na economia e na indústria portuguesas, com o desenvolvimento de uma base industrial de defesa em setores como a aeronáutica, munições e veículos. Mencionou a candidatura de Portugal ao programa europeu de empréstimos para a Defesa (SAFE), no valor de 5,8 mil milhões de euros, e a intenção de recuperar infraestruturas como o Arsenal do Alfeite.
A missão portuguesa na Eslováquia, iniciada em 2024 e reforçada em 2025, visa fortalecer a fronteira leste da NATO.
O primeiro-ministro salientou que defender Portugal implica estar ao lado dos aliados, garantindo que estes também apoiarão o país em caso de necessidade.
Esta visita natalícia segue-se a uma deslocação semelhante à Roménia em 2024, reforçando a atenção do Governo às forças nacionais em missões internacionais.
















