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Quebra na Produção de Azeitona em Trás-os-Montes: Qualidade Excelente, Rendimentos Mínimos

A produção de azeitona em Trás-os-Montes registou uma quebra acentuada, entre 10% e 50%, devido a condições climatéricas adversas. Apesar da excelente qualidade do fruto, os produtores enfrentam um cenário de baixos preços e prejuízos elevados.
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A produção de azeitona na região de Trás-os-Montes e Alto Douro sofreu uma quebra significativa, variando entre 10% e 30%, com algumas zonas a registarem perdas de até 50%. A situação afeta mesmo os produtores com sistemas de rega, como Arménio Vaz, em Mirandela, que viu a sua colheita diminuir de 70 toneladas no ano anterior para menos de 25 toneladas, descrevendo o ano como o pior de que tem memória e com prejuízos "bastante elevados".

As causas para esta quebra de produção foram, principalmente, as condições meteorológicas.

Segundo Francisco Pavão, presidente da Associação dos Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro (APPITAD), as temperaturas elevadas, acima dos 30 graus, registadas em maio afetaram a floração das oliveiras.

Adicionalmente, o verão seco provocou um "longo período de stress hídrico" nas plantas, especialmente nos olivais de sequeiro, que são predominantes na região.

Face a este cenário, Pavão defende uma maior aposta no regadio para mitigar futuras quebras.

Apesar da baixa quantidade, a qualidade do fruto e do azeite é considerada "de excelência", uma vez que não se verificaram problemas com pragas ou doenças. No entanto, esta qualidade não se reflete nos preços.

A existência de grandes "stocks" de azeite a nível mundial, provenientes da campanha anterior, faz com que o preço sofra apenas uma "ligeira mexida", não sendo muito significativa.

Este panorama gera desânimo entre os agricultores.

No concelho de Carrazeda de Ansiães, onde as quebras rondam os 30%, a procura pela azeitona é descrita como "irrisória". Duarte Borges, técnico da AFUVOPA, lamenta que os preços tenham baixado: enquanto no ano passado cinco litros de azeite custavam entre 35 e 40 euros, este ano o valor situa-se entre 25 e 30 euros.

Com custos de produção elevados, os agricultores enfrentam um ano difícil, sem verem o retorno do seu investimento. De acordo com dados do INE de 2024, Trás-os-Montes é a segunda maior região produtora de azeite do país, a seguir ao Alentejo.

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