
Produção de petróleo em Angola com perspetiva "negativa"



A produção de petróleo em Angola, pilar da economia nacional, enfrenta uma perspetiva "muito negativa" que se poderá estender até ao final de 2032, segundo um relatório do Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada de Angola (CINVESTEC). O estudo sugere que a estabilização da produção só será sustentável com a descoberta de novas reservas, defendendo que o país deve reconhecer que já se encontra na "era pós petrolífera".
O recurso a investimentos para prolongar a extração em poços marginais em fase de declínio exigirá, segundo o relatório, contratos menos favoráveis.
Os dados económicos refletem esta tendência de declínio.
Nos últimos quatro trimestres, o setor petrolífero decresceu 4,4% em volume e 19,5% em valor deflacionado, com os rendimentos por volume a caírem 15,5%.
As exportações de petróleo, gás e derivados registaram uma quebra de 14,4%. Especificamente no segundo trimestre de 2025, Angola exportou 83,6 milhões de barris, arrecadando 5,6 mil milhões de dólares, o que representa uma redução de 13,6% em relação ao período homólogo.
O valor bruto das exportações diminuiu 12,5% face ao trimestre anterior e 29,81% em termos homólogos.
Em contraste com a análise do CINVESTEC, o governo angolano reafirma a importância estratégica do setor.
O Presidente João Lourenço sublinhou que as receitas da exploração e produção de petróleo são fundamentais para suportar o desenvolvimento do país. Na mesma linha, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, expressou a intenção de travar o declínio da produção. O ministro revelou que entre 2017 e 2024 foram investidos 84 mil milhões de dólares no setor e que se esperam novos investimentos na ordem dos 65 mil milhões de dólares.
O relatório do CINVESTEC também aborda outros setores da indústria extrativa.
Embora a produção tenha crescido 51,6% em volume, o seu valor real decresceu 35,8%.
No caso dos diamantes, as exportações aumentaram 75,6% em volume (quilates), mas a queda de 45,6% nos preços resultou numa redução total de 4,5% nas receitas de exportação.
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