
Prisão de professor por abuso sexual de alunas



Artur Alves, um professor de 53 anos do Agrupamento de Escolas de Abrigada e ex-candidato do Chega à Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos em 2021, foi colocado em prisão preventiva por um juiz do tribunal de Loures. A medida de coação foi aplicada após uma nova detenção pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de abuso sexual de menor, recurso à prostituição de menores e pornografia de menores. O arguido está também proibido de contactar a vítima, alunos e professores da escola.
Esta detenção surge no âmbito de uma nova queixa, que se soma a um processo anterior. O primeiro caso tornou-se público em março deste ano, quando a RTP divulgou um vídeo de 2024 que mostrava Artur Alves a acariciar a perna de uma aluna do 9.º ano em plena sala de aula.
Na sequência, o Ministério Público (MP) deduziu uma acusação, e o professor foi suspenso de funções letivas, embora tenha continuado a exercer funções na secretaria da escola.
Após a repercussão pública deste caso, a PJ recebeu uma denúncia anónima sobre factos semelhantes ocorridos em 2020 com outra aluna, que na altura tinha 14 anos.
A investigação apurou que o professor, aproveitando-se da sua posição de autoridade, terá praticado atos sexuais com a menor em troca de contrapartidas, filmando-os e divulgando os conteúdos. Artur Alves foi expulso do Chega a 1 de outubro de 2024. Este caso insere-se num contexto mais vasto de aumento dos crimes de abuso sexual de menores em Portugal. A PJ registou 711 casos no primeiro semestre do ano, além de 21 casos de aliciamento e 293 de lenocínio de menores. Segundo o último Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), os crimes de abuso sexual de crianças aumentaram 38% em 2024 face ao ano anterior, sendo a faixa etária dos oito aos 13 anos a mais afetada.
Entre 2015 e 2024, foram contabilizados quase 9500 crimes, mas apenas 3005 processos chegaram a julgamento, resultando em 2533 condenações, uma discrepância justificada pela dificuldade em obter provas materiais.
Artigos
14













Política
Ver mais
Vogais não executivos de empresa municipal ganharam 88 mil euros em despesas de representação.

Hugo Soares no Algarve assegurou que Chega é que escolheu a proposta do PSD.

"Quando o presidente decidir vir, terão oportunidade de o questionar", atirou Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega.

Sou o Secretário-geral do PS fez viagem de comboio na linha de Sintra.