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O sucesso do Programa Nacional de Vacinação em Portugal

Ao celebrar 60 anos, o Programa Nacional de Vacinação (PNV) é recordado como um pilar da saúde pública em Portugal, responsável por erradicar doenças, esvaziar enfermarias e reduzir drasticamente a mortalidade infantil.
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O Programa Nacional de Vacinação (PNV), que celebra 60 anos, é reconhecido como um dos maiores sucessos da saúde pública em Portugal. Criado em 1965 por um grupo de profissionais de saúde, como Maria Luísa Van Zeller e Arnaldo Sampaio, o programa visava combater o 'estado desprimoroso' da saúde no país, marcado por uma elevada mortalidade infantil e doenças infeciosas graves como a poliomielite. A visão dos pioneiros foi criar um programa universal, gratuito e acessível a toda a população, superando os desafios socioeconómicos e a escassez de médicos da época através de um esquema vacinal que permitia a administração por enfermeiros.

O PNV arrancou com seis vacinas, incluindo as que combatiam a poliomielite e a varíola.

Logo no primeiro ano, uma campanha massiva administrou mais de três milhões de doses contra a poliomielite, levando ao desaparecimento da doença em Portugal nesse curto espaço de tempo. Este sucesso inicial, que combinou ciência e comunicação eficaz, cimentou a confiança da população, resultando em taxas de adesão que se mantêm até hoje, com mais de 98% das crianças vacinadas no primeiro ano de vida.

O impacto do PNV nos indicadores de saúde é inegável. A taxa de mortalidade infantil caiu drasticamente de mais de 76 óbitos por mil nados-vivos em 1960 para cerca de 2,98 em 2024. A esperança média de vida aumentou de 60 para mais de 80 anos no mesmo período. O pediatra Gonçalo Cordeiro Ferreira recorda as enfermarias cheias de crianças com meningite em 1985, um cenário transformado pela introdução progressiva de vacinas contra o sarampo, a meningite bacteriana e a hepatite B, que foi praticamente eliminada no país.

Apesar do sucesso, especialistas como Graça Freitas alertam que a vacinação não pode ser um dado adquirido, pois os vírus continuam a circular e podem regressar se as taxas de cobertura diminuírem.

A luta contra a desinformação, através de um diálogo transparente com a sociedade, é vista como fundamental.

Discute-se a inclusão de novas vacinas, como as da hepatite A e da varicela, embora limitada por questões financeiras.

O sucesso do programa é atribuído ao papel essencial dos enfermeiros e à confiança contínua das famílias portuguesas.

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