
Indisciplina nas Escolas e Resposta do Governo



O estudo internacional TALIS 2024 (Teaching and Learning International Survey) indica que os professores portugueses estão entre os que mais reportam problemas de indisciplina.
Segundo os dados, um em cada três docentes em Portugal (35,8%) queixa-se de ruído e desordem na sala de aula, uma percentagem que coloca o país em destaque ao lado do Chile, Finlândia e África do Sul. O inquérito, que envolveu mais de 280 mil professores de 55 sistemas de educação, concluiu que, globalmente, os docentes perdem mais tempo a manter a disciplina do que em 2018. Em resposta a estes dados, o Ministro da Educação, Fernando Alexandre, confirmou estar ciente do problema e apresentou um conjunto de medidas para o mitigar. Uma das principais ações é a proibição do uso de ‘smartphones’ nas escolas do 1.º e 2.º ciclos, que entrou em vigor este ano letivo. A decisão baseou-se num estudo nacional que demonstrou uma melhoria na socialização e nos comportamentos dos alunos nas escolas que já aplicavam esta restrição.
Adicionalmente, o ministro anunciou um reforço de técnicos especializados, prevendo-se a contratação de psicólogos para atingir um rácio de um profissional por cada 700 alunos, o que representa quase o dobro do existente.
Outra medida planeada é a reforma dos recreios escolares, partindo do princípio de que “os maus comportamentos nas aulas são muitas vezes gerados fora da sala”.
Este projeto, dependente de negociações com as autarquias, só deverá ser formalmente anunciado após as eleições autárquicas e tem arranque previsto para 2026.
O estudo TALIS salienta ainda que a indisciplina afeta desproporcionalmente os professores mais jovens, a quem são habitualmente atribuídos os alunos mais problemáticos, o que contribui para que 27% dos docentes com menos de 30 anos considerem abandonar a profissão nos próximos cinco anos.
Paralelamente, o ministro abordou a questão da volatilidade das notas dos exames nacionais, que afeta o acesso ao ensino superior.
Fernando Alexandre revelou que o IAVE, com o apoio de consultores internacionais, está a estudar uma metodologia para “normalizar” as classificações, à semelhança do que já acontece em países como o Reino Unido e os Estados Unidos, de modo a eliminar a instabilidade e a incerteza geradas anualmente.
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