
Projeto ‘Breath IN’ avalia qualidade do ambiente em salas de aula



O projeto ‘Breath IN’ está a avaliar a qualidade do ambiente interior em salas de aula de quatro instituições de ensino superior em Portugal, Grécia e Chipre. Liderado pelo Politécnico de Tomar, o consórcio integra o Politécnico de Leiria e as universidades Demócritus da Trácia (Grécia) e de Nicósia (Chipre).
O objetivo é analisar fatores que impactam a saúde, o bem-estar e o desempenho académico de alunos e professores.
Para tal, foram instalados sensores que monitorizam continuamente parâmetros como partículas, dióxido de carbono, temperatura, humidade e iluminância.
A investigação estende-se também a algumas escolas secundárias e monitoriza a qualidade do ar exterior, devido à sua influência no ambiente interno. Segundo a investigadora Anabela Veiga, do Politécnico de Leiria, os resultados preliminares indicam que a qualidade do ar é "globalmente aceitável", especialmente no que toca às partículas em suspensão.
No entanto, foram detetados problemas significativos.
Registaram-se níveis elevados de dióxido de carbono durante períodos de maior ocupação, o que sugere que a ventilação é frequentemente insuficiente. Foram também observadas temperaturas baixas e níveis de humidade elevados, comprometendo o conforto térmico. Adicionalmente, em algumas salas, os níveis de iluminância ficaram abaixo dos valores recomendados, podendo afetar o conforto visual e a concentração.
A má qualidade do ambiente interior pode provocar fadiga, dores de cabeça, dificuldades de concentração e agravar problemas respiratórios, resultando num pior desempenho académico.
Anabela Veiga sublinha que, em muitos casos, pequenas alterações, como abrir janelas ou ajustar horários de ventilação, podem fazer a diferença.
O mesmo se aplica à iluminação, onde melhorar a entrada de luz natural pode trazer melhorias.
Contudo, em edifícios mais antigos, poderá ser necessário investir em sistemas de ventilação mecânica ou iluminação mais eficientes.
O projeto ‘Breath IN’ é financiado pelo programa europeu Erasmus+ KA220, com um orçamento de cerca de 400 mil euros. A sua conclusão está prevista para agosto de 2026, altura em que será apresentado um relatório final com recomendações práticas para melhorar a qualidade do ambiente interior em instituições de ensino superior.
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