A Prova de Fogo de Amorim no United: Gestão de Balneário e a Sombra dos Maus Resultados



Rúben Amorim enfrenta um período de contestação no comando do Manchester United, centrada sobretudo na gestão do plantel e na escassa utilização de jovens talentos como Kobbie Mainoo. A situação tem motivado críticas de antigas glórias do clube, como Paul Scholes e Rio Ferdinand, que questionam a falta de oportunidades para o médio inglês.
O treinador português justifica a sua decisão com o sistema tático da equipa, que utiliza apenas dois médios, e a dificuldade em retirar da equipa uma figura como Bruno Fernandes, que ocupa a mesma posição.
Amorim afirma estar aberto a conversar com Mainoo sobre a sua frustração e admite uma possível saída do jogador em janeiro.
A polémica estende-se a outros jovens.
Após Amorim declarar publicamente que Harry Amass (emprestado ao Sheffield Wednesday) e Chido Obi (dos sub-21) ainda não têm o nível para serem opções regulares, ambos os jogadores partilharam publicações nas redes sociais, que foram posteriormente apagadas, parecendo ser respostas diretas ao técnico. Amorim defende a sua abordagem à formação, lembrando que lançou vários jovens na época anterior e usa o exemplo de Toby Collyer, que jogou pela equipa principal mas agora não é opção no West Bromwich, para ilustrar que a aposta na formação não garante sucesso imediato. Em contrapartida, aponta o caso de Casemiro, que recuperou a titularidade após um período no banco, como prova de que "a porta está sempre aberta". Outro caso de gestão que gerou controvérsia foi o de Diogo Dalot.
O lateral português sentiu-se "magoado" e triste após ter sido afastado da titularidade em novembro devido a exibições menos positivas.
No entanto, Dalot compreendeu a decisão, trabalhou para recuperar a confiança do treinador e regressou à equipa em dezembro, exibindo-se a bom nível com um golo e uma assistência nos últimos jogos.
A equipa técnica tem trabalhado especificamente para o tornar um lateral mais ofensivo.
Perante a contestação, Rúben Amorim é pragmático e atribui as críticas aos resultados aquém das expectativas.
O técnico português sustenta que o problema principal é a falta de vitórias, afirmando que, se a equipa estivesse a ganhar, as suas decisões não seriam questionadas, chegando a dizer: "Se eu estivesse a ganhar, poderia ir para os jogos a cavalo (...) e estaria tudo bem".




















