
Protestos contra a austeridade em França



Convocada pelos oito sindicatos franceses, uma mobilização nacional contra as medidas de austeridade levou mais de um milhão de pessoas às ruas em toda a França, segundo a Confederação Geral do Trabalho (CGT). As autoridades, por sua vez, estimaram um número inicial de 264.000 manifestantes. A jornada de protesto, que resultou em 140 detenções e três feridos em Lyon — um polícia, um manifestante e um jornalista —, superou a mobilização contra a reforma das pensões de junho de 2023, que reuniu 900.000 pessoas, de acordo com os sindicatos. O protesto foi inicialmente agendado no final de agosto contra os cortes de 44 mil milhões de euros previstos no orçamento de 2026 pelo governo do então primeiro-ministro, François Bayrou, com o objetivo de reduzir a dívida pública. Apesar da queda do governo de Bayrou a 8 de setembro, após uma moção de confiança chumbada no parlamento, a jornada de greve foi mantida. O novo primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, nomeado pelo Presidente Emmanuel Macron, ainda não detalhou os planos de poupança para cumprir as regras de défice da União Europeia.
Temendo distúrbios, o ministro do Interior, Bruno Retailleau, mobilizou 80.000 polícias e guardas nacionais.
As autoridades estavam particularmente preocupadas com grupos antissistema, como os "Black Blocks", tendo sido detetados cerca de 200 membros em Paris. Além de Lyon, registaram-se incidentes em cidades como Rennes e Nantes.
Em Paris, dezenas de sindicalistas ocuparam simbolicamente o pátio do Ministério da Economia durante dez minutos. A greve teve uma adesão elevada em setores como a educação e causou perturbações significativas, levando ao encerramento da Torre Eiffel e de algumas salas do Museu do Louvre.
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