
PS critica quem se tenha "deixado confundir" com Chega. "Mas estamos cá"



Durante a Convenção Autárquica Nacional do PS, em Coimbra, que marcou a 'rentrée' política do partido, o secretário-geral José Luís Carneiro posicionou os socialistas como a garantia fundamental da defesa da democracia e do Estado de direito em Portugal. Carneiro assegurou que os eleitores podem confiar nos candidatos do PS porque, mesmo que não alcancem as maiorias desejadas nas eleições de 12 de outubro, nunca se colocarão ao lado daqueles que querem atacar a democracia.
Numa crítica implícita ao PSD pela sua relação com o Chega, o líder socialista lamentou quem se tem "deixado confundir" com partidos antidemocráticos, reforçando que o PS será o "fiel depositário" dos valores democráticos.
Evocando o histórico Comício da Fonte Luminosa de 1975, Carneiro recordou as palavras de Mário Soares para sublinhar o "justo equilíbrio" do PS, que rejeita tanto a "antiga ditadura da direita" como uma "nova ditadura da esquerda". Falando como "secretário-geral do PS e como futuro primeiro-ministro de Portugal", comprometeu-se a trabalhar numa nova lei das finanças locais e numa nova lei eleitoral para as autarquias. O discurso, com menos de meia hora, centrou-se exclusivamente nos temas autárquicos, deixando de fora questões nacionais como o Orçamento do Estado para 2026. O objetivo do PS para as próximas eleições é ser o partido mais votado do país, conquistando o maior número de câmaras, freguesias e assembleias municipais. Carneiro justificou esta prioridade afirmando que um poder local forte e alinhado com os valores do partido é essencial para o desenvolvimento nacional.
As prioridades elencadas foram a habitação, saúde, educação, cultura, ciência e conhecimento.
Durante a convenção, os autarcas socialistas assinaram um compromisso com 12 princípios, rejeitando alianças com o Chega e promovendo "comportamentos exemplares" para restituir a confiança dos cidadãos.
À chegada ao evento, José Luís Carneiro foi questionado sobre uma sondagem que colocava o Chega em primeiro lugar nas intenções de voto para as legislativas. O líder do PS questionou o 'timing' da sua divulgação, dado que as próximas eleições são autárquicas e presidenciais, e afirmou que os estudos de que o seu partido dispõe colocam o Chega em terceiro lugar.
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