Impasse Orçamental em França: Socialistas Ameaçam Derrubar Governo por Imposto sobre os Mais Ricos



A estabilidade do governo francês encontra-se sob pressão após o primeiro secretário do Partido Socialista (PS), Olivier Faure, ter ameaçado retirar o apoio ao executivo e votar a favor de uma moção de censura.
A condição para manter o governo em funções é a inclusão de um novo imposto sobre os mais ricos no Orçamento para 2026, cujo debate se iniciou na Assembleia Nacional.
O ultimato dos socialistas define a próxima segunda-feira como data-limite para o governo ceder às suas exigências.
O PS exige a criação de impostos sobre as grandes fortunas e as grandes empresas que permitam arrecadar entre 15 a 20 mil milhões de euros de receitas adicionais. Uma das propostas centrais é o chamado "imposto Zucman", que aplicaria uma taxa de 2% sobre o património de quem possui mais de 100 milhões de euros. Segundo Faure, esta receita é fundamental para evitar a aplicação de medidas de austeridade previstas na proposta orçamental, como o congelamento das pensões, que sobrecarregam "injustamente" os reformados, os jovens e as famílias da classe trabalhadora e média. "Tudo o que os ricos não pagarem, terá de ser pago pelo resto", argumentou o líder socialista.
A posição do PS é crucial, uma vez que a sua abstenção foi determinante para a sobrevivência do governo de Lecornu na semana passada, quando foram rejeitadas duas moções de censura.
Dada a aritmética parlamentar, os socialistas detêm o poder de derrubar o frágil governo minoritário. A proposta de imposto, no entanto, enfrenta a rejeição do bloco de centro-direita que apoia o governo e também da extrema-direita de Marine Le Pen.
Olivier Faure contrapõe que o próprio governo estimou em 15 mil milhões de euros o custo de uma crise política decorrente da queda do executivo, valor equivalente ao que o PS pretende obter com os novos impostos. Os socialistas também defendem uma maior flexibilidade na meta do défice, sugerindo 5% do PIB em vez dos 4,7% propostos pelo governo.
Esta crise política surge num momento economicamente delicado para França, com a atividade empresarial a abrandar e o risco de uma descida da notação da dívida pela agência Moody's.
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