Decisões para 2026: PS em Oposição ao Orçamento de Lisboa e Parlamento Rejeita Aumentos do Salário Mínimo

As decisões políticas e orçamentais para 2026 marcam a atualidade, com o Partido Socialista a anunciar o seu voto contra o orçamento da Câmara de Lisboa, enquanto na Assembleia da República são rejeitadas as propostas da esquerda para o aumento do salário mínimo.

A vereação do Partido Socialista (PS) na Câmara Municipal de Lisboa anunciou que irá votar contra a proposta de orçamento para 2026, apresentada pela coligação PSD/CDS-PP/IL. Liderados por Alexandra Leitão, os socialistas consideram a proposta uma “opção política errada para a cidade”, criticando a redução do investimento municipal em 22,7%, nomeadamente um corte de 40% (cerca de 68 milhões de euros) na habitação, e o aumento da despesa corrente em 12,8%. Esta posição marca uma viragem em relação ao mandato anterior, no qual o PS viabilizou os orçamentos da gestão de Carlos Moedas através da abstenção. Por outro lado, o Chega, segunda maior força da oposição no executivo municipal, mantém o seu sentido de voto “em aberto”.

O vereador Bruno Mascarenhas indicou que a decisão dependerá da inclusão das propostas do seu partido no documento final.

O Chega identifica pontos positivos, como a melhoria nos processos de urbanismo e o apoio à família, mas critica a “deriva ideológica relativamente às alterações climáticas”, como o plano para tornar a frota da Carris totalmente verde até 2030.

A proposta orçamental, no valor de 1.345 milhões de euros, será votada na câmara a 17 de dezembro.

O executivo de Carlos Moedas governa sem maioria absoluta, com oito eleitos da coligação, contra nove vereadores da oposição (quatro do PS, dois do Chega, um do Livre, um do BE e um do PCP).

A nível nacional, o parlamento debateu o aumento dos rendimentos para 2026. Foi aprovada uma resolução do PSD que recomenda ao Governo o reforço do debate em concertação social para um “aumento progressivo dos rendimentos”, sem definir valores concretos. Em contrapartida, foram chumbadas três iniciativas da esquerda que propunham subidas do salário mínimo. As propostas do PCP (para 1050 euros), do Bloco de Esquerda (para 1020 euros) e do Livre (para 965 euros) foram rejeitadas com os votos contra de PSD, CDS-PP e IL, e a abstenção do PS.

O Chega votou a favor destas propostas, juntamente com os partidos proponentes.