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Um dos três polícias do Porto nega procedimentos abusivos

Cinco arguidos, incluindo quatro membros da PSP do Porto, começaram a ser julgados por uma série de crimes graves relacionados com procedimentos policiais abusivos, mas um dos principais acusados nega a maioria dos factos.
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O Tribunal São João Novo, no Porto, iniciou o julgamento de cinco arguidos, entre os quais três agentes da PSP, um subcomissário do Comando Metropolitano do Porto e o proprietário de uma loja. Os crimes, que terão ocorrido entre dezembro de 2022 e julho de 2023, estão relacionados com a "atuação delitiva" dos agentes no âmbito do combate ao tráfico e consumo de drogas em bairros da zona do Porto, com impacto em sete processos-crime. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os suspeitos enfrentam acusações de denegação de justiça, favorecimento pessoal, peculato, abuso de poder, falsificação de documento, coação e sequestro agravados, ofensa à integridade física qualificada, detenção de arma proibida e falsas declarações. Os três agentes da PSP encontram-se em prisão preventiva desde a sua detenção em julho de 2023. O MP detalha que os arguidos terão falseado autos de busca e apreensão para se apoderarem de parte do dinheiro e da droga confiscada, que depois distribuíam a terceiros. Terão também estabelecido "pactos de silêncio" com toxicodependentes, fornecendo-lhes droga em troca de informações para identificar traficantes. As acusações incluem ainda a realização de buscas domiciliárias sem autorização, a apropriação de uma mochila com droga e dinheiro em troca da liberdade de um traficante, e a agressão a um consumidor de droga. A um dos agentes é ainda imputada a falsificação de autos de contraordenação por excesso de velocidade. Na primeira sessão do julgamento, o agente Hugo Silva, de 46 anos, negou a "grande maioria dos factos".

Afirmou que todas as buscas foram autorizadas e negou ter coagido alguém ou ter-se apoderado de dinheiro ou droga.

Admitiu ter feito um pacto com um toxicodependente, mas alegou que o objetivo era apenas "aliciar para depois apanhar os traficantes", sem intenção de cumprir o acordo.

Os outros dois agentes e o subcomissário também manifestaram intenção de prestar declarações, enquanto o quinto arguido optou por permanecer em silêncio.

Antes do julgamento, três arguidos pediram a abertura de instrução, mas o juiz manteve na íntegra a acusação do MP.

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