
Putin admite reunir com Zelensky em Moscovo, Trump também quer encontro



O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou estar disponível para se encontrar com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir uma solução para o conflito, mas impôs uma condição clara: a reunião teria de acontecer em Moscovo. A declaração foi feita durante uma conferência de imprensa em Pequim, onde Putin desafiou diretamente o líder ucraniano: “Se Zelensky estiver preparado, que venha a Moscovo e esse encontro terá lugar”.
A sugestão, no entanto, foi prontamente classificada como 'inaceitável' pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia.
Putin revelou que a sua aparente abertura a negociações surge na sequência de um pedido do ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem estado envolvido em esforços diplomáticos.
“Donald pediu-me para realizar a reunião, se possível.
Respondi que sim, é possível”, confirmou o líder do Kremlin.
Apesar disso, o próprio Putin manifestou ceticismo sobre a eficácia de um tal encontro no momento atual, questionando se “faz, de facto, algum sentido” e sublinhando que nunca recusou a possibilidade, desde que a reunião seja “bem preparada e conduza a algum resultado positivo”.
Durante a sua intervenção, o Presidente russo voltou a levantar dúvidas sobre a legitimidade de Volodymyr Zelensky, cujo mandato presidencial terminou constitucionalmente.
As eleições na Ucrânia foram suspensas devido à lei marcial, em vigor desde o início da invasão russa a 24 de fevereiro de 2022, numa guerra que já dura há mais de três anos e representa a mais grave crise de segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. As negociações de paz têm falhado devido a exigências consideradas irreconciliáveis.
Moscovo exige a cedência de territórios ocupados e a neutralidade da Ucrânia, incluindo a renúncia à adesão à NATO.
Por sua vez, Kiev insiste num cessar-fogo imediato e em garantias de segurança internacionais como pré-condições para qualquer diálogo. A proposta de uma cimeira em Moscovo é vista como um gesto simbolicamente pesado e politicamente arriscado para o lado ucraniano.
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