A Posição de Ruben Amorim em Risco no Manchester United

O futuro de Ruben Amorim no comando técnico do Manchester United está em sério risco após um dos piores arranques de campeonato do clube em mais de 30 anos. Com um registo de apenas uma vitória, dois empates e duas derrotas em cinco jogos oficiais, incluindo uma pesada derrota por 3-0 frente ao rival Manchester City e uma eliminação da Taça de Inglaterra perante o Grimsby, do quarto escalão, a pressão sobre o treinador português é enorme.

Perante os maus resultados, a direção dos 'red devils' terá dado um ultimato a Ruben Amorim: os próximos três jogos, contra Chelsea, Brentford e Sunderland, serão decisivos para o seu futuro.

Caso não consiga inverter a situação até à paragem para os compromissos das seleções em outubro, o despedimento é o cenário mais provável.

A medida daria ao clube cerca de duas semanas para encontrar um substituto. A eventual demissão de Amorim representa um encargo financeiro significativo. Se o contrato, válido até 2027, for rescindido no primeiro ano, o clube terá de pagar uma indemnização de quase 14 milhões de euros (12 milhões de libras). Este valor junta-se aos mais de 60 milhões de euros que o Manchester United já gastou em compensações a treinadores desde a saída de Sir Alex Ferguson em 2013.

No entanto, o próprio Amorim já declarou publicamente que sairia sem exigir compensação se sentisse que não era o homem certo para o cargo.

Com a continuidade do técnico em dúvida, já surgem vários nomes como possíveis sucessores.

A imprensa britânica aponta para uma lista que inclui o português Marco Silva (Fulham), Oliver Glasner (Crystal Palace), Andoni Iraola (Bournemouth), Mauricio Pochettino (seleção dos EUA) e Gareth Southgate, atualmente sem clube.

Adicionalmente, o antigo treinador-adjunto Rene Meulensteen sugeriu Michael Carrick, antigo jogador do clube e atual treinador do Middlesbrough, como uma "alternativa óbvia" e de "senso comum", por conhecer bem a estrutura e os jogadores. A gestão de Ruben Amorim tem sido alvo de duras críticas, como as do antigo jogador Jamie O'Hara, que classificou o treinador como "arrogante" e a equipa como "terrível". O'Hara criticou a insistência no sistema 3x4x3 e o posicionamento de Bruno Fernandes, que considera ser "um dos melhores criativos do mundo", a jogar como número 6 em vez da sua posição natural de número 10.