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Quase 21 mil pessoas não tiveram do INEM o nível de socorro exigido no ano passado

Em 2024, quase 21 mil pessoas em situações de risco de vida não receberam o nível de socorro mais especializado do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), uma falha que se insere num contexto de graves carências de pessoal e dificuldades financeiras.
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De acordo com o relatório de atividades do INEM de 2024, citado pelo jornal Público, um total de 20.961 pessoas, triadas com prioridade máxima, não foram socorridas pelas equipas mais diferenciadas. No ano passado, registaram-se 148.251 ocorrências de prioridade 1 (P1), que correspondem a situações graves que necessitam de suporte avançado ou imediato de vida. Para estas situações, deveriam ser acionados meios como as Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), as ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) ou helicópteros. Contudo, o número de acionamentos destes meios especializados (127.290 no total) foi insuficiente para cobrir todas as ocorrências prioritárias.

As vítimas que não receberam esta resposta terão sido assistidas por ambulâncias de emergência médica, do INEM ou dos bombeiros, tripuladas por técnicos com menos formação e competências. O relatório do INEM justifica que, em muitos casos, a opção por meios menos diferenciados se deve à evolução clínica das vítimas e à proximidade de uma unidade hospitalar. Esta discrepância tem vindo a aumentar anualmente, passando de 17.500 casos em 2022 para cerca de 19 mil em 2023, e atingindo quase 21 mil em 2024.

O documento expõe também as graves carências de recursos humanos que afetam o instituto, que funcionou com menos 709 trabalhadores do que os 2.013 previstos no seu mapa de pessoal. A maior falta é de técnicos de emergência (défice de 501), mas também se sentem dificuldades na contratação de médicos, faltando preencher 26 de 49 postos.

A nível financeiro, o INEM terminou o ano com prejuízos pela primeira vez desde 2020, devido a um disparo nas despesas que não foi acompanhado pelas receitas.

Para garantir a sustentabilidade, o presidente do instituto já tinha defendido o aumento da taxa cobrada aos beneficiários de seguros.

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