Mais de 840 migrantes foram resgatados ao largo de Creta em cinco dias



Nos últimos cinco dias, as autoridades gregas levaram a cabo várias operações de resgate ao largo da ilha de Creta, resultando no salvamento de mais de 840 migrantes. No sábado de manhã, 131 pessoas foram resgatadas na costa sul de Creta. Na sexta-feira, uma operação de maior envergadura já tinha resgatado 395 requerentes de asilo perto da pequena ilha de Gavdos, a sul de Creta. As pessoas viajavam a bordo de barcos de pesca e foram transportadas em segurança para o porto de Gavdos. As nacionalidades não foram especificadas.
As operações de resgate contaram com o apoio de diversas entidades. Para além da guarda costeira grega, um navio cargueiro de bandeira dinamarquesa e uma aeronave da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex) participaram nos esforços. Noutras interceções recentes, 30 migrantes foram avistados por uma embarcação da Frontex e outros 39 foram resgatados de um bote insuflável na quinta-feira, também a sul de Creta.
Estas travessias, frequentemente realizadas a partir da Líbia ou da Turquia, são extremamente perigosas e os naufrágios são comuns.
No início de dezembro, um incidente trágico resultou na morte de 17 pessoas, na sua maioria sudaneses e egípcios, após a sua embarcação naufragar ao largo de Creta.
Outras 15 pessoas foram dadas como desaparecidas, havendo apenas dois sobreviventes.
A embarcação tinha partido de Tobruk, na Líbia.
Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 16.770 requerentes de asilo chegaram a Creta desde o início do ano, um número significativamente superior ao de outras ilhas do mar Egeu. Em resposta ao aumento do fluxo migratório, o governo conservador de Kyriakos Mitsotakis suspendeu em julho, por três meses, a análise de pedidos de asilo de pessoas que chegavam a Creta provenientes da Líbia, uma medida que o primeiro-ministro considerou "absolutamente necessária".
















