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Incêndios: Quercus pede regeneração e florestas diversificadas e autóctones

Após Portugal registar o quarto pior ano de incêndios desde 1996, a associação ambientalista Quercus apela à transformação da paisagem florestal, defendendo que a aposta em florestas diversificadas e autóctones é fundamental para aumentar a resiliência do território ao fogo.
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A associação ambientalista Quercus manifestou a sua solidariedade para com as populações afetadas pelos incêndios de 2025 e reforçou o seu apelo à regeneração do território. De acordo com dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), até 31 de agosto de 2025 arderam 254.296 hectares em Portugal, o que representa o quarto pior ano em área ardida desde 1996 e um valor superior ao do mesmo período de 2017. Perante este cenário, a Quercus defende que o combate aos incêndios não depende apenas de meios operacionais, mas sobretudo da transformação da paisagem.

A organização sublinha a importância de florestas diversificadas e compostas por espécies autóctones, que considera serem mais resistentes ao fogo e “fundamentais para o futuro do território”. Como exemplo, é citada a Mata da Margaraça, na Serra do Açor, que demonstrou maior resiliência quando cercada por incêndios em extensas áreas de monocultura de eucalipto. A associação apela a que se inverta “a trajetória da destruição para a da regeneração”, salientando que o futuro depende de um financiamento justo para quem cuida do território e de um compromisso coletivo.

Para apoiar a recuperação ecológica e social das comunidades, a Quercus colocou à disposição a sua experiência e a sua rede de núcleos regionais, técnicos e voluntários.

A organização destacou os seus projetos em curso, como o “Criar Bosques”, que promove a plantação de espécies nativas; o “Floresta Comum”, que disponibiliza plantas para reflorestação; e as “Aldeias Suber Protegidas”, que criam faixas de proteção com sobreiros em redor de aldeias. Outras iniciativas incluem o projeto “Cabeço Santo”, para a reconversão de eucaliptais, e o “Refloresta”, para a regeneração de uma área ardida na Serra da Estrela. Paralelamente, a Quercus promove, pelo segundo ano consecutivo, uma campanha de recolha de sementes de centeio e bolotas, bem como uma angariação de fundos para a compra de materiais que auxiliem a proteção do solo e a regeneração natural.

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