Adeus à 'Amiga Olga': Portugal Despede-se de uma Voz Inesquecível



Olga Cardoso, uma das figuras mais emblemáticas da comunicação em Portugal, morreu aos 91 anos, num hospital no Porto, na sequência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A notícia foi avançada pelo seu amigo e colega de longa data, António Sala, gerando uma onda de homenagens por todo o país.
Nascida no Porto a 7 de julho de 1934, Olga Cardoso iniciou a sua carreira na rádio com apenas 15 anos, dando voz a radionovelas. A sua voz inconfundível e simpatia tornaram-na uma companhia diária para milhares de portugueses, especialmente através do programa "Despertar", na Rádio Renascença.
Durante mais de 20 anos (quase 18 deles em dupla com António Sala), o programa foi um sucesso retumbante. Em 1993, aos 59 anos, estreou-se em televisão na TVI com o concurso "A Amiga Olga", um formato que esteve no ar até 1994 e que a imortalizou com a alcunha pela qual seria carinhosamente conhecida para sempre.
Após a sua morte, multiplicaram-se as reações de figuras públicas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, evocou o seu "traço de simpatia e amizade".
António Sala partilhou uma mensagem emocionada, agradecendo "pela amizade, pelo companheirismo, pela ternura" e pela sua "gargalhada única".
Outras personalidades como João Baião e o escritor Pedro Chagas Freitas também lamentaram a perda, recordando-a como uma comunicadora genuína, empática e que "envelheceu com graça".
Nos últimos anos, Olga Cardoso enfrentava a doença de Parkinson, diagnosticada aos 80 anos.
As cerimónias fúnebres foram anunciadas por um amigo próximo, indicando que o funeral se realizaria na igreja da Lapa, no Porto, onde seria cremada.
Olga Cardoso deixa um legado de proximidade e afeto, sendo recordada como uma voz que marcou a história da rádio e da televisão em Portugal.










