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Criação de urgência regional de obstetrícia em Setúbal gera controvérsia

O anúncio do Governo sobre a criação de uma urgência regional de obstetrícia na Península de Setúbal gerou fortes críticas por parte de autarcas e líderes partidários, que consideram a medida insuficiente para resolver a crise de falta de profissionais de saúde na região.
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A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou no Parlamento a criação de uma urgência regional de obstetrícia na Península de Setúbal. O plano prevê que o Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, funcione em permanência, enquanto o Hospital de São Bernardo, em Setúbal, receberá casos referenciados pelo SNS 24 e pelo INEM.

A ministra explicou que a implementação da medida, que visa garantir maior previsibilidade e segurança, depende de negociações com os sindicatos e as ordens profissionais, embora a legislação já esteja preparada. A decisão baseia-se na grave falta de profissionais, sendo necessários, segundo a ministra, mais 30 especialistas só para manter as urgências de Almada e Setúbal a funcionar. Ana Paula Martins reconheceu que a infraestrutura do HGO é insuficiente para a região, que serve uma população de mais de 834 mil habitantes.

Como solução a longo prazo, anunciou um concurso público em 2026 para um novo Centro Materno-Infantil no perímetro do HGO, cuja conclusão poderá ocorrer apenas "para lá da legislatura".

A medida foi recebida com ceticismo e duras críticas.

Paulo Raimundo, líder do PCP, classificou a decisão como um "profundo retrocesso", acusando o Governo de pretender encerrar as três urgências existentes (Almada, Barreiro e Setúbal) em vez de contratar os profissionais necessários para o seu pleno funcionamento. Também a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, e o presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), André Martins, afirmaram que o plano não resolve o problema central da falta de médicos e enfermeiros.

Ambos consideram a resposta "insuficiente" para a "situação dramática" da região e criticam o cronograma alargado para o novo centro.

André Martins responsabilizou ainda os sucessivos governos pela contínua degradação do Serviço Nacional de Saúde.

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